Trabalho informal limita o acesso ao crédito
A carteira assinada garante ao cidadão acesso a importantes serviços bancários. O crédito imobiliário, que ajuda milhões de brasileiros a realizarem o sonho da casa própria, é um bom exemplo. Mas, com a redução da oferta de vagas formais e o aumento da informalidade a concessão de empréstimos está mais difícil.
No Brasil, cerca de 1,64 milhões de pessoas passaram a viver essa realidade no último ano. A tendência é o número aumentar ainda mais com a reforma trabalhista e a terceirização irrestrita, aprovadas pelo governo Temer. Sem ter como comprovar renda mensal, o trabalhador informal que precisa de crédito fica a ver navios.
Quer dizer, além de perder benefícios diretos, como férias, descanso semanal remunerado e 13º salário, o profissional sem carteira assinada perde direitos indiretos, como o acesso ao crédito. Nos últimos três anos, cerca de 3,4 milhões de trabalhadores passaram para a informalidade no Brasil, 288 mil somente no trimestre terminado em setembro.
O país tem agora 10,9 milhões de trabalhadores sem carteira assinada. No mesmo período do ano passado, eram 10,2 milhões. Já os trabalhadores por conta própria somam 22,9 milhões de pessoas. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Fonte: SEEB Bahia