Em novo estatuto, banco impõe teto de gastos para o Saúde Caixa
Sem negociação, direção limitou gastos a 6,5% das folhas de pagamentos e proventos; Sindicato alerta para importância da mobilização, cobra reversão da medida e negociação transparente.
A direção da Caixa tem divulgado, inclusive no site oficial do banco, o novo estatuto da instituição. Um dos pontos prejudiciais aos trabalhadores é apresentado no quarto parágrafo do capítulo VIII: “a participação da CEF no custeio dos benefícios de assistência à saúde será limitada ao percentual de 6,5% (seis e meio por cento) das folhas de pagamento e proventos”.
Modelo atual
Pelas regras atuais do Saúde Caixa, o banco arca com 70% do seu custeio, e os empregados, 30%. A porcentagem relativa aos trabalhadores é mantida por meio de 2% do valor do salário, mais 20% de coparticipação nos procedimentos médicos, limitado a R$ 2.400. O atual modelo de custeio não discrimina idade, faixa salarial ou se o empregado é aposentado ou da ativa. Todos pagam o mesmo valor.
Liminar
Em 26 de janeiro deste ano, a direção da Caixa divulgou comunicado informando aumentos no Saúde Caixa, que entrariam em vigor a partir de 1º de fevereiro. O valor passaria de 2% para 3,46% da remuneração base. Já em relação à coparticipação das despesas assistenciais, o percentual passaria de 20% para 30%, e o valor limite anual subiria de R$ 2.400 para R$ 4.209,05.
O aumento foi suspenso por liminar judicial, expedida no âmbito de uma ação impetrada pela Contraf-CUT, Fenae e sindicatos. Nova audiência está marcada para o dia 23 de janeiro. Até lá o reajuste segue suspenso.
Fonte: SP Bancários