Bancários querem censo por igualdade nos bancos
Em tempos em que o conservadorismo anda em alta e ações preconceituosas são legitimadas, a promoção de políticas para eliminar desigualdades e discriminações de raça, cor, gênero, idade e orientação sexual no local de trabalho ganha destaque na pauta dos bancários.
Com o objetivo de acabar com as práticas, o Comando Nacional dos Bancários propõe uma realização de um censo, a cada dois anos, e o desenvolvimento de programas de combate aos mais diversos tipos de discriminação.
Como reflexo da sociedade, no ambiente bancário é possível encontrar práticas discriminatórias que dificultam a ascensão profissional. Segundo dados levantados na categoria, o machismo (61%) é o preconceito mais arraigado, seguido pelo racismo (46%), LGBTfobia (44%) e gordofobia (30%). Mulheres continuam ganham cerca de 23% menos, mesmo com nível de escolaridade mais elevado, e negros ocupam apenas 3,4% do postos de trabalho no setor.
Os bancos também desrespeitam a identidade visual dos empregados, às características físicas e expressão de personalidade. Exemplos como a proibição do uso de barba ou a recomendação de que mulheres usem roupas que ajudem nas vendas, fazem parte das reclamações. O Bradesco é um exemplo, que proíbe o funcionário de criar barba.