Presidente da Famurs apoia entidades contra privatização do Banrisul, Corsan e Procergs

Eduardo Freire disse que abrirá espaço nas instâncias de debate da Federação para sindicatos se manifestarem

O presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Eduardo Freire, se comprometeu, na última sexta-feira, 4 de outubro, a abrir espaço para que representantes dos funcionários do Banrisul, Corsan e Procergs possam expor aos prefeitos a importância de ouvir a população a respeito da privatização das três empresas públicas. O compromisso foi firmado em reunião na sede da Famurs, que contou com a presença dos diretores da Fetrafi-RS, Denise Falkenberg Corrêa e Sérgio Hoff, o presidente do SindBancários Porto Alegre e Região, Everton Gimenis, e de representantes do Sindiágua e do gabinete da deputada Juliana Brizola (PDT).

O objetivo das entidades é sensibilizar prefeitos para que se oponham à Proposta de Emenda Constitucional 280/2019, que tramita na Assembleia Legislativa, e propõe a retirada da exigência de plebiscito popular para decidir sobre a venda do Banrisul, Corsan e Procergs.

Freire destacou que é contra a privatização das empresas públicas e se colocou à disposição para participar de audiência pública sobre o tema na Assembleia Legislativa. “A Corsan é importante para o Estado, tem profissionais qualificados. E o Banrisul gera lucro do qual não podemos abrir mão. Se vendermos essas empresas, não sobra nada”, enfatizou.

“Temos convicção de que não adianta vender o Banrisul para pagar as dívidas do Estado”, afirmou Denise, lembrando que o valor arrecadado com a venda do Banco seria menor que o da dívida do Rio Grande do Sul com a União e a Folha de Pagamento do funcionalismo. Além disso, o Estado perderia recursos anuais do Banco, que entram todos os anos no Tesouro.

O apoio dos prefeitos é fundamental para a manutenção das empresas públicas. “Em 104 cidades do Estado, o Banrisul é o único banco presente, ele bancariza a população. Por isso, estamos conseguindo aprovar uma moção contra a PEC 280 na maioria das Câmaras de Vereadores que procuramos”, disse Gimenis, sobre a iniciativa dos sindicatos.

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