Governo segue omisso frente ao vazamento de óleo no Nordeste brasileiro
Há mais de dois meses, o litoral nordestino vem sendo atingido por uma mancha de óleo que vazou do oceano para as superfícies das praias. Em apenas 56 dias, já poluiu pelo menos 229 localidades, afetando não só o lazer e a alimentação da população, como também ameaçando o berço dos animais marinhos.
Segundo o balanço do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), mais de 87 municípios já foram afetados em todos os 9 estados do Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Pernambuco.
Mesmo depois de tanto tempo, o governo federal ainda não tomou medidas cabíveis para solucionar o desastre e continua tratando como um caso insignificante. Além disso, a competência segue sendo deixada para os governos estaduais, municipais e para a própria comunidade, que vem dedicando esforços que, obviamente, não são suficientes para barrar o avanço do óleo nos litorais.
Os boatos eram de que o vazamento partiu de navios “fantasmas”, embarcações que navegam sem autorização legal, ou de barris de lubrificantes da Shell. Mas a empresa emitiu nota de esclarecimento afirmando não ser a responsável pelo incidente. E informou, ainda, que a reportagem do recipiente encontrado recentemente no mar se refere ao episódio ocorrido em 2018, na Bacia de Santos, que fica no litoral de São Paulo. Assim, a origem das manchas segue desconhecida e os responsáveis pelo vazamento seguem impunes.
Com informações Sindicato dos Bancários da Bahia
Foto: Reprodução Instituto Bioma