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Justiça suspende votação de projeto que altera previdência de servidores civis
A Justiça gaúcha acatou pedido de liminar feito pela deputada estadual Luciana Genro (PSOL) e determinou que o PLC 503/2019 não fosse votado ontem, terça-feira (17), na Assembleia Legislativa. A decisão, assinada pelo desembargador Rui Portanova, entende que o projeto de lei complementar é inconstitucional e não pode ser apreciado antes da PEC 285/2019.
O PLC 503/2019 dispõe sobre a cobrança de uma alíquota previdenciária para servidores públicos civis aposentados. A medida estava na ordem do dia da Assembleia Legislativa nesta terça. Pelo acordo da maioria dos líderes, seria o único projeto do pacote do governo Leite a ser votado neste ano.
A ação protocolada por Luciana Genro solicitou também a retirada da tramitação do 505/2019, que altera o estatuto dos servidores públicos civis.
“Pagando mico”
Os deputados Sofia Cavedon (PT) e Edson Brum (MDB) dizem que era “uma obviedade” que o governo não conseguiria votar as propostas hoje. “Tu não pode votar um PLC – o que é um PLC? Um Projeto de Lei Complementar – como tu vai complementar uma lei que não foi aprovada ainda?”, diz Brum. “Nós, publicamente, defendemos isso durante 30 dias, avisando inclusive pro governo não pagar mico”, afirma o emedebista. Sofia explica que o governo deve tentar na Justiça reverter a decisão ainda nesta tarde.
“Caixa em cima dos servidores”
O deputado Pepe Vargas (PT) também já afirmava, antes da saída da liminar, que o projeto não tinha condições de ser votado. “Como vai fazer alterações na previdência com base em mudanças que estão na chamada PEC paralela, que sequer foi votada ainda no Congresso Nacional, não foi concluída a votação? É absolutamente inconstitucional o que se está tentando fazer hoje”.
Para Pepe, “o que o governo quer com essa proposta é tão somente fazer caixa em cima dos aposentados. E o mais grave, vai querer fazer caixa em cima de aposentados que ganham até o teto do regime geral de previdência social. É um projeto de lei que não combate nenhum privilégio, pelo contrário, está penalizando aqueles servidores que menos ganham”.
Com informações do Sul 21
Foto: Giulia Cassol/Sul21