Fantástico confunde ‘empreendedorismo’ com informalidade e é criticado nas redes sociais
Reportagem mostrou pessoas que fazem vendas pela internet e oferecem serviços por aplicativos como estratégias de sobrevivência
O Fantástico, da TV Globo, exibiu no domingo (12) jovens trabalhadores que utilizam aplicativos de celular e as redes sociais para driblar a onda do desemprego. Segundo a reportagem, são 5,9 milhões de empreendedores formais e informais que usaram a tecnologia em seus negócios em 2019. Foram mostrados uma artesã e um maquiador que utilizam aplicativos de mensagens para se relacionar com seus clientes, e também um jovem desempregado que procura bicos como bartender.
A artesã já trabalhou como operadora de telemarketing e auxiliar de produção. Desde pequena, se vira vendendo de “gelinho” a panos de prato. Hoje, ela produz em casa bolsas e outros artefatos de tecido, e diz que a internet ajudou a alavancar as vendas. O maquiador já trabalhou em banco e numa corretora financeira, em Brasília. Agora, em São Paulo, diz que, sem a internet, teria que estar vinculado a um “espaço físico” para trabalhar. O jovem desempregado tem a carteira de trabalho ainda em branco, e diz que não está fácil para conseguir uma vaga formal.
“No Brasil, país com quase 12 milhões de desempregados, muito trabalhador está se reinventando com talento e um telefone na mão”, disse o apresentador Tadeu Schmidt, na abertura da reportagem. A “glamourização” do trabalho informal, que atinge 38,6 milhões de pessoas no Brasil – cerca de 41% da população – foi criticada pelas redes sociais.
Fonte: Contraf-CUT