Plano do Ministério da Saúde prevê flexibilização de isolamento logo após a Páscoa

Governo pretende mudar a forma de isolamento social durante a crise do coronavírus com o objetivo de ir para o chamado “de restrito”, com foco mais direcionado a idosos e a grupos de risco6 de abril de 2020, 09:19 h Atualizado em 6 de abril de 2020, 09:36

O Ministério da Saúde, comandado por Luiz Henrique Mandetta, planeja começar nesta semana a preparação para mudar a orientação de confinamento social, saindo do atual para o chamado “de restrito”, com foco mais direcionado a idosos e a grupos de risco. A nova orientação passaria a valer depois da Páscoa, dia 13. O Brasil tem pelo menos 11,2 mil confirmações e 489 mortes provocadas pela covid-19.

A abertura acontecerá por regiões, mas devem ser respeitados critérios, como número suficiente de leitos de UTI, respiradores, luvas, máscaras, pessoal e testes rápidos em grande volume, de acordo com informações divulgadas pela coluna Painel.

O plano prevê escolas fechadas até fim de abril, com possibilidade de prorrogação até o fim de maio.

A crise do coronavírus no Brasil tem gerado um embate entre Jair Bolsonaro e Mandetta. O ministro defende o isolamento social, enquanto o ocupante do Planalto é a favor do confinamento somente para idosos e para pessoas com doenças preexistentes.

De acordo com pesquisa feita pelo instituto Datafolha, 76% dos brasileiros são favoráveis ao isolamento.

Contrariando recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o ocupante do Planalto já pediu que as pessoas voltem ao trabalho sob o argumento que o isolamento prejudicará a economia. 

Bolsonaro ameaçou Mandetta, ao afirmar que poderia demitir do governo quem está “se achando”. O recado também seria direcionado ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.

Foto: Isac Nóbrega/PR

Fonte: Brasil 247

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