Café com Conteúdo aborda aspectos amplos da saúde física e mental para os bancários
Brasil é o quarto país que mais registra mortes relacionadas ao trabalho
28 de abril é o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidente de Trabalho; desmonte da legislação trabalhista agrava ainda mais a situação dos trabalhadores
De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil ocupa o quarto lugar mundial em relação à quantidade de mortes relacionadas com o trabalho, atrás apenas de China, Estados Unidos e Rússia. Além disso, segundo dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, entre 2012 e 2018 o Brasil registrou 4,7 milhões de acidentes de trabalho. Com isso, os gastos da Previdência com Benefícios Acidentários no período foi de R$ 82 bilhões.
Para dar visibilidade ao problema e colaborar na busca de medidas e políticas públicas que assegurem aos trabalhadores mais segurança e saúde em suas atividades laborais, o Brasil incluiu como data oficial, desde 2005, o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidente de Trabalho, lembrado em 28 de abril.
Os bancos, que respondem por apenas 1% dos empregos no Brasil, foram os responsáveis por 5% do total de afastamentos por doença no país, entre 2012 e 2017, segundo o Ministério Público do Trabalho.
O recente desmonte da legislação trabalhista, iniciado no governo Temer e aprofundado rapidamente no governo Bolsonaro, contribui para um quadro ainda mais dramático para os trabalhadores brasileiros.
No governo Bolsonaro, a prioridade do governo federal é atender os interesses do grande empresariado, banqueiros e rentistas. Governos como esses, de viés extremamente neoliberal, colocam a saúde e a segurança dos trabalhadores como entraves para o crescimento econômico.
“m exemplo recente dessa lógica foi a tentativa do governo Bolsonaro, com a MP 905, de que acidentes entre a casa do trabalhador e o início do expediente deixem de contar como acidentes de trabalho, não gerando CAT (Comunicação por Acidente de Trabalho), o que faria com que o trabalhador ficasse sem qualquer cobertura previdenciária nesses casos.
A MP 905 perdeu a sua validade ao caducar no último dia 20. Entretanto, com a ameaça de que o governo federal poderá reeditar nova medida provisória com o mesmo conteúdo, os trabalhadores devem continuar pressionando os deputados e senadores acessando o site Na Pressão. Para os bancários, além de não considerar os acidentes ocorridos no trajeto como acidentes de trabalho, a MP 905 permitia o trabalho bancário aos finais de semana e alterar a jornada de grande parte da categoria de 6 para 8 horas.
Com informações SP Bancários