Cassi estuda novo modelo de custeio
Alinhada com o banco, diretoria pretende impor custos maiores para os associados; funcionários repudiam qualquer aumento de oneração e reivindicam redução da coparticipação aos patamares anteriores a 2018
Em reunião com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e demais entidades de funcionários do Banco do Brasil (AAFBB, Anabb, Contec e FAABB), realizada por videoconferência na última quinta-feira (14), o diretor eleito da Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi), Luiz Satoru, confirmou que a entidade estuda um novo modelo de custeio do plano de saúde dos funcionários do Banco do Brasil.
“Queríamos saber sobre a veracidade ou não de rumores sobre o estudo de um novo modelo de custeio e, para nossa surpresa, Satoru confirmou que existe um estudo neste sentido”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Isso nos deixa preocupados, pois sabemos que a atual diretoria é alinhada ao banco, que busca reduzir sua participação no custeio do plano”, completou.
A base estrutural do atual modelo de custeio define a contribuição pelos associados de 4% sobre suas verbas salariais, com contribuição mínima de R$ 120,00. O banco contribui com 4,5% sobre o total das verbas salariais, com valor mínimo de R$ 135,00. Sobre os dependentes, os aposentados contribuem com 2%, limitado a R$ 300. Os funcionários da ativa contribuem com 1,75%, sendo 1% para o primeiro dependente, 0,5% para o segundo e 0,25% para o terceiro, também limitado a R$ 300.
“Acabamos de aprovar um estatuto para a entidade que define o modelo de custeio. Não vamos aceitar qualquer alteração que traga mais onerações aos associados”, afirmou Fukunaga.
Nova composição da diretoria
Fukunaga disse ainda que agora as entidades de representação dos trabalhadores precisarão ficar ainda mais atentas com os rumos que serão tomados pela Cassi.
“A nova composição da diretoria eleita será formada por Carlos Flesch e Luiz Satoru. Os funcionários não terão ninguém ligado às suas entidades de representação sindical. Ambos os diretores eleitos fazem parte de grupo político que, constantemente, vota de acordo com as vontades do banco, em detrimento dos interesses dos funcionários. Haja visto os sucessivos aumentos na coparticipação, e no indicativo de aumento do custeio, onerando apenas o trabalhador. Teremos que ter muita atenção e estarmos unidos para conseguir barrar os ataques”, concluiu.
Fonte: SP Bancários