CEE/Caixa cobra melhores condições de trabalho para bancários

A reunião iniciou-se com um manifesto contra a MP 995, que autoriza a privatização da Caixa em partes

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) se reuniu, na quarta-feira (12), para a segunda reunião da Campanha Nacional dos Bancários 2020 com a temática Saúde e Segurança. Por meio de videoconferência, os representantes dos empregados reivindicaram melhores condições de trabalho para os empregados durante a pandemia e para o futuro.

A reunião iniciou-se com a CEE/CAIXA realizando um manifesto contra a MP 995, que autoriza a privatização de partes da Caixa. Foi ressaltado que o ACT tem conquistas históricas e não tem que ser balizado pela CLT. A mesa permanente busca e sempre buscou avançar para além do que está previsto na CLT e considerando todos os avanços.

Algumas pautas discutidas na reunião foram:

  • aperfeiçoamento dos protocolos e de higienização das unidades;
  • fortalecimento dos fóruns de condições de trabalho;
  • home office para os casos de pais com filhos menores de idade;
  • descomissionamentos arbitrários e metas abusivas;
  • demanda dos PCD’s;
  • mais contratações.

Outra cobrança da CEE/Caixa foi o cumprimento do rodízio das agências, essencial para diminuir a sobrecarga contínua devido aos excessos de atendimentos bem como diminuir a possibilidade de contaminação. A pandemia já atingiu mais de 3 milhões de contaminados e fazer a superlotação dentro das agências aumenta o risco de contágios, não só dos empregados, mas da população no geral.

Outra solicitação foi o retorno das agências ao horário de atendimento normal. Da forma que está, os empregados têm extrapolado e muito a jornada. Além disso, foi cobrado a aplicação do ACT vigente, uma vez que nas agências até 20 empregados não tem compensação de horas devendo ser pago todas as horas extras realizadas.

Os representantes também cobraram que o retorno presencial seja negociado com o movimento sindical e isso se dê de forma planejada e assegurando a devida proteção aos trabalhadores.

A Caixa definiu pouca coisa na mesa de negociação. Após as reivindicações da Comissão dos Empregados, o banco decidiu que vai rever a questão de agências pequenas. A direção do banco afirmou ainda que não há limitador para o pagamento de horas extras, outra preocupação da Comissão.

A Caixa sugeriu, ainda, que os Fóruns e Grupos de Trabalho sejam revistos e alguns GTs encerrados. A Comissão reforçou que a valorização dos espaços de debate foi um dos pontos aprovados no 36° Conecef, entretanto ajustes podem ser avaliados. Foi solicitada a participação do movimento sindical nos GTs de Prevenção para melhorias nos processos.

Saúde Caixa

A CEE/Caixa cobrou ainda uma mesa de negociação específica sobre o Saúde Caixa. O plano de saúde vem sendo atacado pelo governo. É necessário a inclusão de todos os empregados bem como a manutenção do atual custeio. A Caixa ainda não decidiu quando será esta reunião.

A próxima rodada de negociação está agendada para o dia 17 de agosto. Na data, a Comissão espera que a Caixa traga respostas positivas para as reivindicações.

Com informações Contraf CUT

Imagem: Contraf CUT

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