Poucos avanços na negociação com a Caixa

Conforme divulgado pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), no final da tarde de segunda-feira (17), o Banco não apresentou nenhuma proposta realmente efetiva sobre os temas da terceira reunião junto à Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa). O encontro tinha por objetivo tratar das cláusulas sociais e da igualdade de oportunidades, conforme estabelecido pela Campanha Nacional 2020.

Na oportunidade, os representantes dos empregados cobraram menores taxas para os empréstimos, créditos, a continuação da isenção de tarifas, o respeito à jornada, manutenção da PLR Social e ações mais eficazes para as pessoas com deficiência (PcD). A CEE reforçou a pauta de manter as cláusulas sociais, e no que se aplicar, extensiva aos aposentados.

A Caixa apresentou as ações que tem colocado em prática e julga contribuir para reduzir a desigualdade dentro da empresa, como o incentivo à liderança das mulheres e implementações de ações de combate à violência contra a mulher. A comissão dos trabalhadores reforçou que essas medidas precisam ter o acompanhamento e a participação do movimento sindical.

Ainda no tema igualdade de oportunidades, a Comissão reforçou as demandas que estão na minuta para PcDs. Atualmente, são 3.464 trabalhadores PcDs na Caixa, 1.800 deles contratados, em 2019, graças à ação judicial das entidades que obrigou a contratação.

Assuntos como racismo e homofobia foram deixados de lado pela Caixa. A CEE destacou, ainda, a demora da Caixa ao aderir ao censo da diversidade, e que a adesão às respostas foi baixa. Não foi informado se houve comunicação para evitar a baixa adesão.

Metas

Outra cobrança importante feita pela Comissão foi que a Caixa deixe de cobrar as metas enquanto perdurar a pandemia. Mesmo com a contaminação crescente no país, a Caixa ainda está cobrando metas dos empregados. “Todos estão exaustos. Os trabalhadores precisam de respostas”, afirmou a coordenadora da Comissão.

Saúde Caixa e PLR

Uma nova reunião foi marcada para o dia 19/08 para tratar do Saúde Caixa. A demanda foi cobrada na última reunião. Outro item importante cobrado foi a manutenção da PLR Social nos moldes atuais.

A Caixa alegou dificuldades com a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST) para manter a PLR no formato conquistado e mantido pelos empregados nos últimos anos. O banco afirmou que deve trabalhar para trazer propostas aos empregados sobre os dois temas.

Higienização

A Comissão voltou a cobrar a limpeza completa e efetiva das unidades em casos de contágio ou suspeita da Covid-19. A aplicação do protocolo não tem sido feita de forma homogênea em todas as unidades, o que mostra que a comunicação institucional da Caixa não chega às chefias.

Avanços das reivindicações

As negociações têm resultado em melhorias para os empregados. Para todos os avanços, a Caixa se comprometeu a comunicar amplamente para todos os empregados.

– Jornada de trabalho: a Caixa atendeu nossa reivindicação e reduziu em uma hora o horário de atendimento das agências.

– Rodízio: O rodízio está mantido e não há nenhuma diretriz para que acabe. O banco reconheceu que esse sistema é essencial para a proteção da saúde dos empregados. A Caixa também informou que os SEVs têm autonomia de realocar os empregados entre as unidades para garantir o rodízio, e serão orientados a atuar neste sentido.

– Vigilantes e Recepcionistas: O contrato com os vigilantes foi ampliado. 2.270 vigilantes estão à disposição das unidades. Outras 373 recepcionistas estão também no quadro.

A Caixa respondeu que não pode intervir junto aos terceirizados, mas tem conversado com as empresas para que estas façam as devidas ações de proteção bem como o serviço permaneça sendo prestado.

Com informações da Fenae

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