Pelotas tem recorde de inscrições para concorrer às vagas do Executivo e Legislativo

Dez candidatos irão concorrer à Prefeitura de Pelotas, nas eleições que se aproximam. O principal motivo, segundo o Cientista Político Renato Dellavechia, é o fato de que, a partir deste ano, estão proibidas as coligações para as eleições proporcionais. Com esta proibição, os partidos não podem mais fazer uma chapa para vereadores composta de vários partidos, o que tem obrigado, cada legenda, a ter a sua própria chapa de candidatos ao Legislativo.

“Nesse novo cenário, a divulgação do número do partido passa a ser um elemento importante. Além daquele espaço pequeno, onde as candidaturas para vereador ficam um pouco pulverizadas, ter um candidato à Prefeito ajuda nesse processo, principalmente se for um candidato que é um bom puxador de votos”, avalia Dellavechia.

Outro fator importante, que já está sendo projetado pelos partidos políticos, é a cláusula de barreira progressiva. Por meio desta regra, as legendas precisarão de um bom desempenho, nas eleições de 2022, caso queiram ter acesso não só ao fundo partidário, mas, também, à propaganda na TV e no rádio. Pela nova lei eleitoral, os partidos precisam ter um número mínimo de dez deputados federais, eleitos, para que possam se manter competitivos.

O cálculo partidário, para as eleições municipais, é simples: para que consigam ter um maior número de deputados eleitos, daqui a dois anos, é importante eleger o maior número de vereadores, possível, agora. “Os pequenos precisam se afirmar partidariamente para poder, nas próximas eleições, ter capacidade de estar presente na disputa”, explica o cientista político”.

A proliferação de candidaturas, caso não seja bem analisada, pode gerar uma ideia equivocada de que estariam aumentando o número de partidos, quando, na verdade, a nova Legislação tem o claro intuito de diminuir o número de legendas, hoje, presentes no jogo eleitoral. É importante perceber que, aqueles que ficarem sem verba partidária e sem o espaço na mídia, com o tempo, deixarão de existir.

Mas isso, na avaliação de Dellavechia, não coloca em risco a existência dos partidos ideológicos. “Esses, certamente, irão continuar existindo. Por isso, temos que esperar um pouco para ver qual o resultado que esse processo eleitoral, sem coligações, vai gerar, porque isso, por si só, já é um elemento importante no sentido da manutenção de partidos com maior identidade”.

Confira as candidaturas lançadas à Prefeitura de Pelotas:

– Prefeito Daniel Barbier (PDT), Vice Mabel Teixeira (PDT)

– Prefeito Eduardo Ligabue (PCO), Vice José Nilson Maesk (PCO)

– Prefeito Ivan Duarte (PT) / Vice Iyá Sandrali (PT)

– Prefeito Júlio Domingues (PSOL) / Vice Daniela Brizolara (PSOL)

– Prefeito Tony Secchi (PSB) / Vice Renato Abreu (PCdoB)

– Prefeito Marcelo Oxley (Podemos) / Vice Eduardo Villar (Podemos)

– Prefeito Fabrício Matiello (MDB) / Vice Marco Marchand (DEM)-

– Prefeito Marcus Napoleão (PRTB), Vice Luciano Dalla Rosa (Patriotas)

– Prefeita Paula Mascarenhas (PSDB), Vice indefinido

– Prefeito Fetter Jr (PP), Vice Antonio Brod (Cidadania)

SEEB Imprensa Pelotas

Arte: SEEB Pelotas

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