Em plena Pandemia: Santander desrespeita acordo e segue com as demissões
A realidade enfrentada pelos empregados do Santander é a mesma dos bancários do Itaú e Bradesco. Campanhas publicitárias com slogans que remetem à um futuro melhor para o país, mas, na prática, a palavra de ordem tem sido uma só: demitir!
Mas as contradições não ficam restritas apenas às peças publicitárias. Se forem considerados apenas os lucros do primeiro semestre deste ano, o banco espanhol obteve um lucro de R$ 5,989 bilhões de reais, o que não justifica o corte de gastos em razão de uma suposta crise econômica.
Conforme explica o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), caso o banco não segurasse parte do seu lucro para enfrentar a Provisão para Débitos Duvidosos (PDD), o lucro teria sido de 8,8%.
A análise dos técnicos aponta que o Santander aumentou em 63% a manutenção de dinheiro em casa, segurando R$ 3,2 bilhões a mais do que segurou em 2019. Se forem somados ao lucro do primeiro semestre, seria possível chegar a um lucro líquido real de R$ 7,749 bilhões.
Mas o bom momento do banco não reflete em reconhecimento e justiça em relação aos seus funcionários, no Brasil, que são responsáveis diretos por assegurar 32% do lucro mundial do banco, mesmo em um período de Pandemia.
O Banco segue demitindo, descumprindo com o compromisso assumido em mesa de negociação, junto ao COE/Santander, que garantia o fim das demissões enquanto perdurasse a crise sanitária.
Para denunciar as atitutes arbitrárias do banco, na próxima quinta-feira, dia 15, os bancários, de todo o país, irão realizar protestos contra as demissões no Santander.
Seeb Imprensa Pelotas, com informações do SindBancários
Arte: Seeb Pelotas