Último dia para realizar a inscrição para concorrer a delegado sindical pelo BB e pela Caixa
Presidente da Caixa já anuncia planos do IPO do banco digital para o ano que vem
O banco digital da Caixa Econômica Federal ainda nem foi criado e o presidente da empresa pública, Pedro Guimarães, já faz planos para vendê-lo no ano que vem. À agência Reuters, na última segunda-feira (26), Guimarães disse que pretende fazer o IPO (oferta inicial de ações) em listagem no Brasil e no exterior.
O presidente da Caixa também informou que pretende vender cerca de 15% do Caixa Tem por meio do IPO. No entanto, a abertura de capital depende de aprovação do Banco Central e as tratativas para constituir o negócio ainda estão no início.
Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sérgio Takemoto, a venda do banco digital é mais uma etapa no cronograma de privatizações do Governo. “A gente já estava alertando sobre esses ensaios da direção da Caixa para vender o banco digital. Desde o começo da pandemia o presidente do banco já dava sinais da sua intenção”, disse Takemoto.
Apesar de ter sido criado com urgência, durante a pandemia, o banco digital se tornou um dos maiores do mundo. “Em pouco tempo, graças ao grande trabalho dos empregados da Caixa, abrimos mais de 90 milhões de contas digitais e conseguimos bancarizar mais de trinta milhões de brasileiros. Em vez de valorizar a conquista para melhorar o atendimento à população e fortalecer o banco público, mais uma vez a intenção do governo é fatiar a Caixa e torná-la cada vez menor”, lamenta.
Além do banco digital, Takemoto lembra que o plano do governo e da direção da Caixa é fazer mais quatro IPOs em 2021. “Estão na fila a Caixa Seguridade, as loterias, gestão de ativos e cartões. É um total desmonte do banco público que tem se fortalecido como banco que está ao lado dos brasileiros em todos os momentos do país, especialmente nas horas de crise. Qual outro banco tem compromisso social que a Caixa tem? Não podemos permitir que um governo de ocasião destrua um patrimônio construído há 160 anos”, ressalta.
Fonte: Fenae, com edição Seeb Imprensa