Caixa segue na mira da privatização
Um dos maiores bancos púbicos do país, a Caixa, atingiu, na última quarta-feira (4), a marca de 105 milhões de poupanças digitais. Mesmo assim, na segunda quinzena de outubro o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a privatização da Caixa. Desta vez, com a abertura de capital (IPO) do braço digital do banco “nos próximos seis meses”.
Para as entidades representantes dos empregados da Caixa, o banco digital ainda não existe, mas sua criação e posterior privatização podem representar a cisão da Caixa e sua consequente privatização, pois não é possível dividir a estrutura operacional da empresa.
“Ao alcançar tal marca, a Caixa demostra mais uma vez o tamanho da sua importância e o esforço realizado pelos seus empregados. Mais do que isso, foi imprescindível durante a pandemia da Covid-19. É lamentável ainda assim, fazer parte da agenda privatista do governo federal e da direção da empresa”, avaliou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da CEE/Caixa.
Segundo a representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa e Conselheira Fiscal da Fenae, Rita Serrano, a abertura das contas digitais demonstra o grau de qualificação dos empregados, que em tempo recorde criaram sistemas e contas para atender os milhares de brasileiros afetados pela crise sanitária e social.
Fonte: Contraf-CUT, com edição Seeb Pelotas
Foto: Fenae