Pelotas segue sem leitos de UTI e registra novo recorde de casos de Covid-19 durante o final de semana

A crise sanitária, em Pelotas, tem sido alvo de duras críticas tanto de representantes dos trabalhadores da área da saúde quanto de pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Em recente entrevista à RádioCom, a presidenta do Sindicato da Saúde, Bianca D’Carla, chegou a afirmar que a Pandemia estaria sem controle, no município.

O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Luiz Guilherme Belletti, também não poupou críticas à gestão municipal, alegando, inclusive, que teria sofrido uma tentativa de constrangimento, por parte da Guarda Municipal, ao cobrar atendimento de pacientes que aguardavam há mais de 4h, no Centro COVID, no dia 15 de novembro – data do primeiro turno das eleições municipais.

A situação na cidade é grave. A Prefeitura teve de manter, na última sexta-feira (27), a classificação de bandeira vermelha do Programa de Distanciamento Controlado do Governo do Estado, reconhecendo o alto risco de contágio do coronavírus na cidade. Pesquisadores da UFPel já haviam alertado a Prefeitura de que, se não fossem tomadas medidas mais rígidas, antes que a doença se alastrasse, o cenário provável seria o que está sendo enfrentado hoje, com falta de leitos, nos hospitais.

Recentemente, o Comitê UFPel Covid-19 chegou a emitir uma nota técnica, cobrando da Prefeitura a necessidade de reforço das ações de vigilância epidemiológica e ressaltando a importância do isolamento por 14 dias de casos e contatos. Somente neste final de semana, foram registrados 403 novos casos, em Pelotas; sendo 220 apenas no sábado (28). Além disso, duas pessoas também perderam a vida para a doença. Ao todo, no município, já foram registrados 183 óbitos em decorrência do contágio pelo coronavírus.

Redação e Arte: Eduardo Menezes/Seeb Pelotas

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