Pandemia escancara desigualdade no acesso à saúde
Além de todos os prejuízos enfrentados pelo povo brasileiro desde o início da pandemia, a discriminação racial no acesso à saúde foi escancarado. O paciente preto ou pardo analfabeto tem 3,8 mais chances de morrer de Covid-19 do que um branco.
Os dados estão no boletim Pandemia e Políticas Públicas: A questão Racial no centro do debate, do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Do início da crise sanitária até 31 de julho de 2020, morreram 1.221 pessoas pretas ou pardas a mais do que previa o Sistema de Mortalidade do Município de São Paulo. Com relação aos brancos, houve queda na taxa de mortalidade de 13,4% no mesmo período.
Outro fator detectado é que a proporção de óbitos em pacientes pretos e pardos foi maior do que a observada em brancos, independentemente da faixa etária, nível de escolaridade. No total, 55% dos pacientes negros, hospitalizados com Covid-19 em estado grave acabam, falecendo. O índice entre pacientes brancos é de 34%.
Fonte: SBBA
Arte: SEEB Pelotas e Região