Inacreditável: o resultado dos bancos podia ser maior

O lucro líquido de R$ 79,3 bilhões obtido pelos cinco maiores bancos em atividade no país em 2020 poderia ser ainda maior, caso as empresas não elevassem as despesas com a PDD (Provisão para Devedores Duvidosos). A maior provisão foi registrada no Itaú, R$ 30,14 bilhões, alta de 26,1% ante 2019.  

O Bradesco registrou o maior crescimento no ano (+34,4%), somando R$ 25,16 bilhões de PDD. O BB aumentou em 16,1% e encerrou o ano em R$ 26,08 bilhões. O Santander fechou 2020 com PDD de R$ 16,48 bilhões, alta de apenas 2,6%. Já a Caixa aumentou em 3,4%, totalizando R$ 11,14 bilhões.
 
Outros números de 2020

A pesquisa do Dieese mostra ainda que as despesas de pessoal também caíram em uma intensidade maior do que a queda nas receitas secundárias dos bancos. Apenas a Caixa registrou aumento nas despesas (+2,4%), totalizando R$ 24,42 bilhões no ano. A maior redução foi registrada pelo Bradesco (-10,5%), seguido pelo Itaú (-5,8%), Santander (-4,9%) e BB (-4,6%). Em números, as despesas de pessoal totalizaram R$ 22,41 bilhões no Itaú, R$ 21,73 bilhões no Banco do Brasil, R$ 19,16 bilhões no Bradesco e R$ 9,04 bilhões no Santander.

As receitas de prestação de serviços e tarifas dos cinco maiores bancos cobriram com larga folga as despesas de pessoal e ainda aumentaram em relação a 2019, a exceção da Caixa. No Santander, a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas de prestação de serviços ficou em 204,4% em 2020, aumento de 7,6 p.p. em 12 meses. No Itaú, a cobertura ficou em 176,6%, mais 6,1 p.p.. No Bradesco, ficou em 136.9% (+11,0% p.p.) e no BB, em 132,8% (+4,6 p.p.). Na Caixa, a cobertura recuou 17 pontos percentuais.

As taxas de inadimplência já vinham registrando tendência de queda e o comportamento se manteve ao longo de 2020. A Caixa encerrou o ano com índice de 1,7%, o Banco do Brasil com 1,9%, o Santander com 2,1%, o Bradesco com 2,2% e o Itaú com 2,3%.

Fonte: SBBA

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