Diretoras do Sindicato da Fetrafi-RS falam sobre os riscos da aprovação da PEC 280/2019
Em entrevista concedida à RádioCom, na manhã desta quarta-feira (31), a diretora do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região, Raquel Gil de Oliveira, e a diretora da Fetrafi-RS, Denise Falkenberg Côrrea, avaliaram a situação da PEC 280/2019, que tramita na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
No pior momento da Pandemia, o governador Eduardo Leite (PSDB), tem procurado mexer na Constituição do Rio Grande do Sul. Caso os parlamentares gaúchos retirem a obrigatoriedade de realização de plebiscito para a venda das estatais, com a aprovação da PEC 280/2019, a população não terá o direito de decidir sobre o futuro econômico estado.
Na avalição da diretora do Sindicato, Raquel de Oliveira, que é, também, diretora da Fetrafi-RS e funcionária do Banrisul, é inadmissível, que, em um momento tão trágico, pelo qual o estado e o país, como um todo, vêm passando, exista a intenção de vender o patrimônio público. “O abuso dos governos em fazer avançar projetos sobre os quais a sociedade deveria estar mais informada e deveria participar, é lamentável. Principalmente, a sociedade gaúcha, onde a Pandemia está sendo absurdamente agravada, com a falta de administração do governo”, critica.
Para a diretora da Fetrafi-RS, Denise Corrêa, é necessário que os gaúchos tenham o entendimento da importância de que as empresas estratégicas continuem nas mãos do Estado. “O Banrisul é um banco importantíssimo. É um banco de fomento. Em 103 municípios gaúchos, a única agência bancária presente é a do Banrisul, que responde por 80% do PIB do estado”, enfatizou a dirigente sindical, ao explicar que as empresas gaúchas não podem visar somente os lucros, mas precisam considerar, também, os serviços.
Durante a entrevista concedida à RadioCom, as diretoras convocaram não só os bancários, mas também os servidores públicos, para se somarem na defesa da manutenção do Banrisul público. “O Banrisul tem sido o financiador do Estado. Durante as crises econômicas, nas quais o Governo não paga os servidores, é o Banco que financia o salário e o 13º, com juros baixos, ou quase inexistentes”, lembrou Denise.
Confira a entrevista completa acessando o link abaixo (a entrevista tem início a partir das 2h03min):
Redação: Eduardo Menezes – SEEB Pelotas e Região