Cumprimento de protocolos contra a Covid-19 ainda deixa a desejar na Caixa

Passado mais de um ano desde o início da pandemia da Covid-19, o clima entre os empregados da Caixa ainda é de apreensão. Mesmo com as cobranças das entidades representativas dos trabalhadores, o cumprimento das medidas de proteção para evitar o contágio do vírus ainda deixa a desejar, conforme relatos dos próprios empregados que chegam as entidades sindicais e associativas.

Os bancos foram listados como serviço essencial no decreto presidencial 10.282/2020. Para tentar reduzir a transmissão do novo coronavírus no banco público, a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) defendeu junto a direção da empresa aplicação de medidas para proteger os trabalhadores e a população do contágio do vírus.

Em 2021, embora o banco não divulgue os dados oficiais, ocorreram mais casos de Covid e mais óbitos que em 2020, alerta o coordenador em exercício da CEE/Caixa, Jorge Luiz Furlan. Segundo ele, a comissão tem pressionado a direção da empresa para respeitar as medidas de segurança. “Os protocolos têm que ser seguidos e não estão sujeitos a avaliação do gestor”, reforça.

No decorrer de 2020, as representações dos trabalhadores cobraram uma série de medidas para reduzir a exposição ao vírus nas unidades da Caixa, como a compra e distribuição de Equipamento de Proteção Individual (EPI), instalação de protetores em acrílico, inicialmente para os guichês de atendimento e posteriormente nas mesas, higienização das unidades, realização apenas de serviços essenciais nas agências, home office dentre outros. Foi reivindicado também a suspensão de metas e descomissionamentos.

Com a pressão das representações dos trabalhadores, o trabalho remoto foi prorrogado até 30 de junho. No entanto, as entidades sindicais criticam o modelo aplicado por conta da ausência do registro da jornada de trabalho, a responsabilidade de custos pelos empregados, como internet e energia elétrica, e a exoneração da Caixa das responsabilidades pelas condições de trabalho.

Outra reivindicação feita pela CEE/Caixa foi a testagem em massa dos empregados, que a Caixa realizou em meados de setembro, mas não compartilhou os resultados para que pudessem ser debatidas melhorias nos protocolos de prevenção. 

Para os trabalhadores que estão na linha de frente e que atenderam quase metade da população do país em 2020, pagando auxílio emergencial e outros benefícios sociais, falta reconhecimento por parte da empresa. Com foi o caso da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) Social, em que a Caixa desrespeitou os empregados e agiu de má-fé ao fazer o cálculo do pagamento com base na divisão linear entre todos os empregados de 3% do lucro líquido, e não de 4%, como determina o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente. 

Em 7 de abril, a Fenae e as Apcefs lançaram Campanha Vacina Já, visando pressionar o governo pela vacinação para todos os brasileiros e a inclusão dos empegados da Caixa entre as prioridades do Plano Nacional de Imunização.

Fonte: Fenae, com edição SEEB Pelotas e Região

Arte: SEEB Pelotas e Região

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