Bolsonaro e Pazuello aglomeram sem máscara em ato no RJ; CPI da Covid quer explicação

Dois dias após causar aglomeração e ser multado pelo governo no estado do Maranhão, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou, sem máscara, de ato com motociclistas e discursou em cima de carro de som para seus apoiadores que se aglomeraram neste domingo (23) na cidade do Rio de Janeiro. Ele estava acompanhado de seu ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello, que também não usava qualquer proteção ou anteparo no rosto.

Por causa disso, o vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) afirmou que vai pedir esclarecimentos à Prefeitura do Rio de Janeiro e ao governo do estado sobre a aglomeração na cidade neste domingo. Atualmente, normas em vigor tanto municipais como estaduais proíbem a realização de eventos que causem aglomeração na cidade, visando reduzir o contágio da covid-19.

O ato de Bolsonaro contou com centenas de motociclistas que passearam pelas ruas da Barra da Tijuca, bairro da zona Oeste do Rio onde o presidente mantém uma residência, no condomínio “Vivendas da Barra”. A manifestação terminou com um ato político e aglomeração na orla da praia, onde apoiadores do presidente se reuniram para ouvir o mandatário e seus correligionários políticos, entre eles Pazuello e o deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ), que usava uma camiseta com a figura de Bolsonaro em cima de um cavalo.

O senador Randolfe Rodrigues criticou o encontro e disse querer saber se houve autorização – por parte da prefeitura e do governo estadual – para a realização do evento. “Se não houve, cobraremos quais as providências serão tomadas para responsabilizar o presidente da República por conta da clara infração à ordem sanitária“, afirmou.

Para o vice-presidente da CPI da Covid, a aglomeração, que teve a presença também do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, foi um “acinte às quase 450 mil famílias enlutadas”. Já para o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, o evento se tratou de “espetáculo de covarde omissão que ignora hospitais lotados e a nova cepa Indiana”.

Fonte: Brasil de Fato

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