Com custo de vida alto, cresce índice de endividados
Com o custo de vida elevadíssimo e sem aumento salarial, decorrentes da política econômica ultraliberal imposta por Jair Bolsonaro, é cada vez maior o número de brasileiros atolados em dívidas. No fim do primeiro semestre, 69,7% das famílias tinham alguma conta em atraso, aponta a CNC (Confederação Nacional do Comércio).
É o maior patamar de endividamento da série histórica da pesquisa, iniciada em 2010. A crise sanitária, o descaso do governo Bolsonaro e o desemprego recorde pioram o cenário. Quase 15 milhões de pessoas estão fora do mercado de trabalho no Brasil.
O resultado da negligência é a explosão das dívidas. Em maio, de acordo com a pesquisa, a parcela de pessoas com contas em atraso era de 68%. Em junho de 2020, o percentual havia ficado em 67,1%. Quer dizer, a coisa só piora.
No dia a dia o que o cidadão observa é uma crescente alta do custo de vida, principalmente na alimentação. O preço da carne, por exemplo, está um absurdo e os trabalhadores praticamente não estão tendo aumento salarial.
Sem saída, muita gente parcela as compras no cartão de crédito. Uma medida desesperada e que dá muita dor de cabeça quando a bola de neve se forma. Tanto que o cartão é a principal fonte de endividamento, apontado por 81,8% dos entrevistados.
O levantamento mostra ainda que 25,1% das famílias brasileiras já estão inadimplentes – quando as dívidas passam dos 90 dias sem que sejam quitadas.
Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia (SBBA)