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Valor da cesta básica sobe acima da inflação em todo o país em 2022
Os preços da cesta básica caíram, no mês passado, em 16 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. A exceção foi Belém, com alta de 0,27%. As principais quedas foram apuradas em Recife (-3%) e Fortaleza (-2,26%), além de Belo Horizonte (-2,13%) e Brasília (-2,08%).
Mas no acumulado do ano os valores aumentam em todas as cidades. As maiores elevações ocorreram em Belém (14%), Aracaju (12,87%) e Recife (12,35%). Isso se repete nos 12 últimos meses. As altas nesse período variam de 12,55% (Porto Alegre) a 21,71% (Recife), praticamente o dobro da inflação oficial. Em São Paulo, a cesta sobe 15,26%.
Salário mínimo
E é justamente a cesta básica paulistana a mais cara em agosto: R$ 749,78. Em seguida, vêm as de Porto Alegre (R$ 748,06), Florianópolis (R$ 746,21) e Rio de Janeiro (R$ 717,82). No Norte/Nordeste, onde a composição, o Dieese apurou os menores valores médios do mês, em Aracaju (R$ 539,57), João Pessoa (R$ 568,21) e Salvador (R$ 576,93).
Assim, com base na cesta mais cara, o instituto calculou em R$ 6.298,91 o valor necessário para as despesas básicas de alimentação de uma família de quatro meses. Isso corresponde a 5,20 vezes o mínimo oficial (R$ 1.212). Essa proporção era maior em julho (5,27) e menor em agosto do ano passado (5,08 vezes).
Renda e tempo médio
O tempo médio necessário para adquirir os produtos foi calculado em 119 horas e 08 minutos. Também menos do que no mês anterior (120 horas e 37 minutos) e mais do que há um ano (113 horas e 49 minutos). O trabalhador remunerado pelo salário mínimo comprometeu, em média, 58,54% de sua renda líquida com a cesta básica, ante 59,27% em julho e 55,93% em agosto de 2021.
Entre os produtos, a batata caiu de preço na região Centro-Sul, onde é pesquisada. Os preços do óleo de soja também diminuíram. Feijão (carioquinha e preto) teve predominância de queda, assim como tomate e café em pó. Já o preço do quilo do pão francês subiu em 14 capitais.
Fonte: Rede Brasil Atual