Federação e sindicatos recebem denúncias de assédio no BB

A Fetrafi-RS e seus sindicatos filiados estão preocupados com a prática do assédio moral nas superintendências, agências e unidades do Banco do Brasil. Em reunião do coletivo gaúcho do BB na última sexta-feira (7), surgiram relatos de uma política sistemática de desqualificação dos funcionários.

“Gritos em reuniões e ameaças de descomissionamento não podem ser normalizados. Isso é assédio”, exemplificou a diretora executiva da Fetrafi-RS Cristiana Garbinatto, sobre alguns dos relatos que chegaram até as entidades sindicais. 

Gestão de desenvolvimento por competências

O descomissionamento só pode ocorrer após três ciclos de avaliação, conforme estabelecido pela Gestão de Desenvolvimento por Competência (GDC). Durante a campanha nacional dos bancários, a direção do Banco tentou alterar os critérios e reduzir as avaliações para um ciclo, mas a proposta não foi aceita pelo movimento sindical, pois poderia intensificar a prática de assédio. O BB se comprometeu a aprimorar o processo e combater os abusos de poder em conjunto com os representantes dos trabalhadores.

“Portanto, os colegas devem denunciar à Federação ou ao sindicato da sua base qualquer prática de assédio. Nós precisamos de informações detalhadas, mas asseguramos o anonimato das denúncias”, esclarece Priscila Aguirres, representante da Comissão de Empresa do BB pelo RS. 

Abusos se intensificam no período eleitoral

Durante o primeiro turno das eleições presidenciais, foram divulgados casos de assédio na Bahia, onde funcionários do BB foram coagidos pela direção do Banco a usar camisetas amarelas em um evento, na tentativa de transparecer apoio ao candidato Jair Bolsonaro.

“A prática do assédio moral é a ferramenta principal de gestão da direção do Banco do Brasil no governo Bolsonaro. As denúncias de trabalhadores se acumulam enquanto os assediadores são alçados à condição de integrantes dos comitês de ética”, afirma o diretor da Fetrafi-RS Ronaldo Zeni, que é funcionário do BB. Para ele, “a mudança desta realidade só tem um caminho, que é o voto em 30 de outubro pelo fim desse episódio lamentável da história brasileira.”

Para denunciar a prática de assédio (moral ou sexual), envie e-mail para [email protected]

Fonte: Fetrafi-RS

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