Má gestão do consignado do Auxílio Brasil sobrecarrega funcionários

Em todo o país, funcionários e clientes da Caixa têm sentido os efeitos da má gestão do governo federal e da direção do Banco na contratação do crédito consignado para os beneficiários do Auxílio Brasil. Nos últimos dias, em Pelotas, as agências da Caixa têm amanhecido com longas filas, em suas portas, devido ao oportunismo eleitoral de uma demanda, criada às pressas, ignorando a falta de estrutura de muitas agências e que compromete em até 40% a renda de quem adere ao empréstimo.

Conforme explica o diretor do Sindicato, Lucas da Cunha, as agências estão abrindo, às 9h30, para dar conta do grande volume de atendimento criado, mas, inevitavelmente, essa demanda acaba respingando tanto nos funcionários quanto nos clientes.

Lucas também ressalta que, na prática, o empréstimo visa transferir a renda da população mais pobre para bancos, já que a taxa é de 3,5% a.m., com um prazo de pagamento de 24 meses. ” É importante lembrar que este é um empréstimo em cima de um auxílio, que prioriza o lucro dos bancos e não as necessidades da população”, alerta o dirigente sindical.

“Caso as pessoas percam o auxílio, seguem com a dívida junto à Caixa, podendo comprometer sua própria sobrevivência”, alerta.

O Sindicato está acompanhando de perto a situação para ver se, minimamente, as agências da Caixa, em Pelotas estão procurando organizar a demanda. O Banco precisa reduzir metas, oferecer suporte aos empregados e definir a dotação de horas-extras, com um calendário que possa escalonar os atendimentos.

Redação e fotos: Eduardo Menezes – SEEB Pelotas e Região

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