INPC fecha 0,69% em dezembro e acumula 5,93% no ano de 2022
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou dezembro em 0,69%. Com isso, o acumulado do ano de 2022 é de 5,93%. Os números foram divulgados na última terça-feira, 10 de janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Trata-se do índice que mede a inflação para quem ganha até cinco salários mínimos. É o grupo social mais sensível às variações de preço, que tende a gastar todo o seu rendimento em itens básicos de consumo, como alimentação, medicamentos e transporte. O INPC é referência nas negociações coletivas entre sindicatos de trabalhadores e entidades patronais.
IPCA fechou em 5,79%
Puxada pelos preços dos alimentos, especialmente do leite longa vida e da cebola, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede o custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 e 40 salários mínimos, fechou dezembro de 2022 em 0,62% e o ano passado em 5,79%.
Este índice oficial da inflação ficou acima da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3,5 %, e do teto de 5%. Em 2021, a inflação do país ficou em 10,06%. De acordo com o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta no ano, seis deles acima do índice geral. O maior impacto sobre a inflação do ano de 2022 é do grupo de alimentação e bebidas, respondendo por 2,41 % do indicador.
Segundo o IBGE, a alimentação no domicílio teve alta de 13,23%, superior à da alimentação fora do domicílio, que foi de 7,47%. Na alimentação no domicílio, a maior alta de preços foi da cebola, que subiu 130,14% no ano, a maior alta entre os 377 produtos e serviços pesquisados para composição do IPCA.
A segunda maior pressão sobre a alimentação no domicílio partiu do leite longa vida, com alta de 26,18%. Outros alimentos com aumento relevante de preços foram a batata-inglesa (51,92%), as frutas (24%) e o pão francês (18,03%).
Resultado de cada um dos nove grupos que compõem o IPCA
Vestuário: 18,02%
Alimentação e bebidas: 11,64%
Saúde e cuidados pessoais: 11,43%
Artigos de residência: 7,89%
Despesas pessoais: 7,77%
Educação: 7,48%
Habitação: 0,07%
Transportes: -1,29%
Comunicação: -1,02%
Fonte: CUT-RS, com edição do SEEB Pelotas e Região
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