Centrais sindicais querem salário mínimo maior
“O governo Lula em tentativa de reparação do desmonte orquestrado pelos governos Temer e Bolsonaro, divulgou aumento do salário mínimo para R$ 1.320,00, a vigorar a partir de maio” observa a Central Única dos Trabalhadores (CUT) em nota divulgada na última sexta-feira (17).
Mas, a nota ressalta que a CUT “estuda a fundo, de forma técnica, todas as variáveis que influenciam e afetam a vida do trabalhador” e que “os cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostram que, se o Programa de Valorização do Salário Mínimo não tivesse sido interrompido, hoje o valor deveria ser de R$ 1.382,71. O que significa uma valorização de 6,2%.”
Durante entrevista à rede CNN, na quinta-feira (16), Lula confirmou que o novo salário mínimo foi definido com o valor de R$ 1.320.
“O movimento sindical defende um valor maior para o salário mínimo e quer que haja negociação com as Centrais Sindicais”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.
Imposto de Renda
A presidenta da Contraf-CUT também tem questionamentos sobre a correção do Imposto de Renda. “É importante a correção da tabela. Entendemos que a tabela deveria ter sido corrigida pelo governo anterior e que o presidente Lula agora está tentando uma reparação, mas queremos que seja negociado com o movimento uma política de correção também para os próximos anos”, disse.
Se a nova faixa de isenção for fixada em R$ 2.640, como o presidente da República anunciou durante a entrevista, significa que haverá uma correção de 38,66% sobre o valor anterior (R$ 1.903). Não se anunciou ainda se haverá correção nos mesmos percentuais para as demais faixas de tributação.
Fonte: Contraf-CUT