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Diretores do Sindicato participam de ato na capital
Aderindo às mobilizações que ocorreram por todo o país, nesta terça-feira, dia 20 de junho, diretores do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região estiveram na capital gaúcha para participar do ato dos trabalhadroes contra as altas taxas de juros, que pediu, também, a saída do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Ao participar do ato, que foi organizado pela CUT e demais centrais sindicais, a diretora Raquel Gil e os diretores Ségio Seus, Lucas da Cunha e Fábio Corrêa da Silveira, enfatizaram que é preciso esclarecer para a categoria o que representa para a política brasileira o Brasil possuir a maior taxa do mundo, hoje calculada em 13,75% ao ano. “Não há ninguém na sociedade que não sinta os efeitos da taxa de juros nesse patamar, inclusive a classe empresarial tem se manifestado contrária a política adotada pelo Banco Central”, ressalta o diretor Lucas da Cunha.
Ao lado dos demais diretores do Sindicato, durante a manifestação, o diretor Fábio Corrêa da Siveira lembrou que o problema relatado por Lucas não é de hoje. “No atual contexto, a Selic tem travado a economia e gerado diversos problemas sociais, que se agravaram durante o governo Bolsonaro”, enfatizou.
A opinião dos colegas é compartilhada pelo diretor, Sérgio Seus, que também esteve presente no ato desta terça-feira. Ele lembra que o atual governo assumiu o poder com um objetivo oposto ao de seu antecessor, que visava apenas transferir renda para rentistas e especuladores. “As mudanças que o governo está tentando implementar, no país, só irão se concretizar com uma política econômica que esteja alinhada a esse objetivo, mas, para isso, é preciso que o Banco Central deixe de ser uma entidade meramente subjulgada aos interesses dos banqueiros”, enfatizou.
Representando o Sindicato e também a Fetrafi-RS, a diretora Raquel Gil chamou a atenção para o papel do movimento sindical, em momentos como esse, uma vez que entre os seus compromissos hitóricos está a defesa do pleno emprego, o que passa necessariamente por uma política econômica que vise a redução da taxa de juros. “Quando o Banco Central aumenta a taxa de juros, de forma exorbitante, como estamos acompanhando, impede a geração de emprego, interferindo diretamente no poder de renda e de consumo da população”, alerta.
A escolha pela data de ontem foi estratégica, já que, nesta última terça-feira (20), teve início a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) que define a taxa básica de juros – a Selic. Por conta disso, a pressão dos movimentos sociais se deu diretamente em frente às sedes do BC ou locais de grande circulação, denunciando para a população os impactos da política de Campos Neto para o país, sobretudo considerando a população que mais precisa da intervenção do governo através das políticas sociais.
Redação: Eduardo Menezes / SEEB Pelotas e Região