Protesto alerta para precarização do serviço de energia elétrica

Representando o Sindicato dos Bancários, Fábio da Silveira, Lucas da Cunha, Paulo Fouchy e Sérgio Seus se somaram à manifestação que denunciou a piora do serviço de energia elétrica

Na manhã desta última quarta-feira, dia 16 de agosto, os diretores Fábio da Silveira, Lucas da Cunha e Sérgio Seus estiveram junto aos trabalhadores da energia elétrica, em Pelotas, para protestar contra a o péssimo serviço que está sendo prestado pelo Grupo Equatorial no Rio Grande do Sul, desde que a CEEE foi privatizada. O ato ocorreu em frente a sede da SINGEL – prestadora de serviços terceirizada da Equatorial, e foi convocado pela CUT.

Os trabalhadores denunciaram que, com a terceirização da mão de obra, faltam infraestrutura, capacitação e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para a prestação dos serviços. Conforme relataram os manifestantes, nem mesmo o valor gasto para o deslocamento ao trabalho está sendo ressarcido. Além disso, a falta de preparo das equipes, que pôde ser constatada durante o último temporal que se abateu sobre Pelotas, resulta de um treinamento insuficente e precário, impactando diretamente na qualidade do serviço prestado à população.

“Nós precisamos parar de aceitar o argumento de que a privatização melhora a qualidade dos serviços públicos. Isso não era verdade lá atrás e, agora, fica ainda mais evidente com a privatização da CEEE e da Eletrobras”, alertou o diretor Lucas da Cunha. Conforme explica o dirigente sindical, a privatização visa apenas o lucro de poucos em detrimento da qualidade de vida e da renda de muitos. Para ele, a precarização das condições de trabalho é apenas um dos caminhos utilizados para isso, mas o pior deles, pois coloca trabalhadores em situações extremas, como o ocorrido no episódio do ciclone, aqui, na zona sul do estado.

“Os trabalhadores não são e não devem ser culpados pelo que vem acontecendo. Como representante dos trabalhadores nós iremos denunciar sempre os objetivos por trás da privatização, porque precisamos evitar, no curto prazo, que isso ocorra também com o Banrisul e com a Corsan. No longo prazo, com a conscientização da sociedade civil, temos a expectativa que as privatizações de empresas como a da CEEE e Eletrobras possam até mesmo ser revistas”, explicou Lucas ao lembrar que esse processo já ocorreu em países que adotaram o caminho da privatização, mas perceberam que não se visa lucro com serviços essenciais como água e energia.

“Há somente um caminho para que possamos reverter isso: a consciência do trabalhador sobre qual lado ele pertence nesses debates”, ressaltou o dirigente sindical.

O principal objetivo da manifestação foi chamar a atenção para a situação precária que está sendo enfrentada pelos trabalhadores que prestam serviço para o Grupo Equatorial e exigir da Empresa melhores condições de trabalho; priorizando a segurança dos funcionários; o que inclui a capacitação para as atividades a eles atribuídas e o pagamento de salários dignos.

Redação: Eduardo Menezes / SEEB Pelotas e Região

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