Diretora Raquel Gil participa de audiência sobre saúde mental com presidente do TRT-RS
Atuando também como diretora de saúde da Fetrafi-RS, a diretora do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região, Raquel Gil de Oliveira, esteve participando de uma reunião com o presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT 4ª Região), desembargador Francisco Rossal de Araújo. O encontro, que ocorreu nesta última segunda-feira, dia 25 de setembro, tratou do adoecimento mental no ambiente de trabalho.
Conforme matéria publicada no Portal dos Bancários-RS, o diretor de Saúde da Contraf-CUT, que também se fez presente na reunião, afirmou que “cerca de 40% do total de trabalhadores afastados por problemas de saúde mental, pertencem à categoria bancária”. De acordo com o sindicalista, o índice de suicídio entre bancários é maior do que a média nacional. “Os bancos tentam nos convencer de que o problema não está no modelo de gestão e sim no indivíduo e na sociedade, mas sabemos que a pressão sofrida com as metas impacta diretamente na saúde”, ressaltou.
Na opinião da diretora do Sindicato, Raquel Gil de Oliveira, “há muita coisa que acontece e não chega ao conhecimento dos sindicatos ou dos órgãos fiscalizadores do trabalho. Muitas vezes o colega acorda e já tem mensagem de trabalho pressionando para o cumprimento de metas. A pessoa já sai de casa tensa e isso afeta toda a família. Essa tensão passa para o cliente e no final todo mundo adoece. Para nós é muito importante que os avanços tecnológicos sejam regulados”, avaliou.
De acordo com a matéria publicada no Portal Bancários-RS, “após ouvir os líderes sindicais, o presidente do TRT 4ª Região lembrou que o perfil das reivindicações trabalhistas mudaram muito nos últimos anos, indo além de demandas materiais”. A repostagem afirma, ainda, que “o desembargador convidou os sindicatos presentes para participarem das atividades da Escola Judicial, que antes era restrita a juízes e servidores do Judiciário, mas agora está aberta a outros setores da sociedade”.
Ao final da reunião, o desembargador, se disse “aberto a receber os materiais elaborados pelos sindicatos e encaminhar aos demais desembargadores, o que seria uma maneira de manter o tema em pauta”, mas, ao se referir aos dados solicitados pelos dirigentes sindicais, afirmou que “o TRT ainda não possui um banco de dados bem estruturado”, faltando “tecnologia da informação” para fazer a filtragem das informações.
Foto: Maricélia Pinheiro/Verdeperto Comunicação