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Polícia Federal encontra carta de Bolsonaro prevendo golpe de Estado
A Polícia Federal realizou, ontem (8), uma operação de busca e apreensão na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília. Lá, encontrou uma carta supostamente redigida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O documento, pronto para ser divulgado em suas transmissões ao vivo e em outros meios de comunicação, delineava um plano para um golpe de Estado.
O teor revelava a intenção de decretar uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e o estado de sítio. Os fatos evidenciam, supostamente, participação de fato de Bolsonaro em um golpe de Estado.
Segundo informações apuradas pelo G1, o texto, embora não estivesse assinado, corresponde ao discurso no qual Bolsonaro justificaria a ação. Então, ele se referia à necessidade de uma “virada de mesa”, termo previamente utilizado pelo general Augusto Heleno em uma reunião de julho de 2022. A carta também faz uso recorrente de jargões apelativos à desinformação, de costume do ex-presidente, como a expressão “dentro das quatro linhas”.
Carta do golpe
“Diante de todo o exposto, e para assegurar a necessária restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil, jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas, com base em disposições expressas da Constituição Federal de 1988, declaro o estado de Sítio e, como ato contínuo, decreto operação de garantia da lei e da ordem”, destaca o parágrafo final do documento.
Outro trecho da carta vazado pela imprensa menciona a necessidade de “restauração da segurança jurídica e de defesa às liberdades em nosso país”, sugerindo uma alusão à suposta situação de caos social prevista pelas tramas golpistas.
O conteúdo da carta aparentemente ecoa aspectos de uma minuta golpista encontrada anteriormente na residência do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres. Nesse documento, também se previa a implementação da GLO e do estado de sítio como forma de restaurar a ordem e a segurança diante de uma suposta agitação popular decorrente das eleições.
As investigações sobre esse caso continuam em andamento, enquanto o conteúdo da carta levanta preocupações sobre as ameaças à democracia e à institucionalidade no Brasil.
Ecos de Bolsonaro
Enquanto a PF apura e aprofunda as investigações sobre supostos crimes da cúpula bolsonarista, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro saiu do país. Ela embarcou hoje (8) para os Estados Unidos. Lá, será recepcionada por igrejas evangélicas e apoiadores da extrema direita. Ela viajou junto da ex-ministra das Mulheres, a extremista religiosa e senadora Damares Alves (Republicanos).
Damares e Michelle participarão de eventos entre os dias 12 e 16 de fevereiro nas cidades de Orlando e Pompano Beach, no estado da Flórida; em Atlanta, capital do estado da Geórgia; e em Boston, capital de Massachusetts. Já a questão do retorno é recheada de incertezas, uma vez que Jair Bolsonaro já está impedido de deixar o país.
Fonte: Redação RBA, com edição SEEB Pelotas e Região