Diretor da ALM aposta na segurança do sistema de pôlderes para conter avanço das inundações em Pelotas

Estimativa é de que o segundo pico não supere o maior nível de elevação das águas já registrado até o momento no município

A população de Pelotas vive uma nova expectativa sobre os desdobramentos das inundações. No último domingo, dia 12 de maio, o canal São Gonçalo voltou a atingir a marca histórica de 2,88 metros, que só havia sido registrada na década de 1940, mas, ainda na segunda (13), os pelotenses acompanharam uma queda significativa deste volume de água.

As últimas medições, no entanto, têm registrado uma nova elevação, chegando a 2,68 metros, às 15h desta terça-feira (14). Na avaliação do diretor da Agência de Desenvolvimento da Lagoa Mirim (ALM), Gilberto Loguercio Collares, estes índices não indicam que o próximo pico, previsto para quarta-feira (15), deverá ultrapassar o que já foi registrado até o momento, embora seja importante manter o sinal de alerta para evitar riscos inesperados.

“A minha expectativa é que, com a segurança que é dada pelo sistema de pôlderes, nesta condição da área central, não correremos o risco que poderíamos correr se esse dique chegasse a se romper ou viesse a ser extravasado”, avaliou o pesquisador. Conforme explicou Collares, o nível de água do canal São Gonçalo e da Lagoa dos Patos não deve se elevar a ponto de que ocorra o rompimento do dique de contenção. “Mesmo que este sistema tenha sido elaborado em 1950, consideramos que ele está bem consolidado”, disse.

Como a estimativa inicial era de que a lâmina de inundação pudesse alcançar até 3,30 metros – e comprometer as casas de bomba -, a diretora-presidente do Sanep, Michele Alsina, explica que algumas medidas preventivas passaram a ser tomadas. “Nós temos quatro casas de bomba que estão em área de inundação. Caso esta expectativa inicial venha a se confirmar, elas poderiam sofrer avarias, comprometendo o sistema de bombeamento da cidade”, disse, ao ressaltar que foram colocadas 9 bombas flutuantes, disponibilizadas por empresários locais, nas áreas mapeadas pelos técnicos do Sanep: Farroupilha, Olvebra, Anglo e Leste.

Confira a atualização do Mapa de Classificação de Risco da Prefeitura, que foi disponibilizado na manhã desta terça-feira clicando aqui!

Redação: Eduardo Menezes

Foto: Léo Cardoso

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