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Fetrafi-RS encaminha reivindicações à Caixa durante as enchentes no RS
Devido às graves enchentes que atingiram 80% do Rio Grande do Sul nos últimos dias, a Fetrafi-RS encaminhou ofício para a Matriz da Caixa com reivindicações relativas às medidas que se fazem necessárias e, também, para reforçar alinhamentos já acertados com a gestão local. Na última segunda-feira (06/05), representantes da Fetrafi-RS e do SindBancários de Porto Alegre e Região reuniram-se com a Superintendência de Rede da Caixa para negociar alguns ajustes no funcionamento das agências no estado e alinhar a forma de atendimento.
De acordo com Sabrina Muniz, diretora da Fetrafi-RS e representante do RS na Comissão de Empregos da Caixa (CEE), ficou acertado que abrirão apenas as agências que estão em locais seguros e que tenham luz; água potável; condições de higiene e segurança; e um quantitativo mínimo de funcionários. Os trabalhadores das agências inoperantes podem ser direcionados para o trabalho remoto ou para outras unidades próximas, desde que não haja risco no deslocamento. “Para quem não tem condições de trabalhar, a orientação é entrar e em contato com o gestor(a) para informar da impossibilidade e nestes casos o ponto deve ser abonado”, informou.
O diretor do SindBancários Porto Alegre e Região, Jaílson Prodes, enfatizou a importância da atuação da Caixa neste momento, desde que se tenha as devidas condições de trabalho. “É importante para o país que a Caixa cumpra a sua missão social, que seja agente das políticas públicas do governo. Mas, para isso, é fundamental que a Caixa cuide bem dos seus trabalhadores, que dê as condições mínimas de segurança, saúde e dignidade, especialmente neste cenário de calamidade pública”.
Neste momento de calamidade, estão surgindo diversos pontos que exigem tratamento junto à Caixa. “Estamos vivendo a maior tragédia no nosso estado, que tem demandado uma forte atuação da Fetrafi-RS e dos sindicatos. Desde o dia 2 de maio, estamos em contato constante com a gestão local da Caixa para ajustar e alinhar as questões necessárias, além do acompanhamento da situação dos colegas e das unidades. A cada dia que passa surgem novas questões para tratarmos e, infelizmente, ainda podem surgir outros desdobramentos”, ressaltou Sabrina.
Neste sentido, a dirigente sindical destaca que o ofício enviado à Caixa traz um compilado de situações já identificadas e que outras demandas podem ser encaminhadas. “No documento encaminhado hoje à Matriz da Caixa, reiteramos a solicitação já feita pela coordenadora da CEE Caixa, Fabiana Uehara (a Fabi), para que tenhamos uma mesa de negociação específica para tratar dos encaminhamentos necessários no enfrentamento da calamidade que estamos vivendo no Estado. Se os colegas identificarem outras situações que precisamos tratar com a Caixa, pedimos que entrem em contato para que possamos encaminhar e negociar”, disse.
A sindicalista informou ainda que entrou em contato com a Funcef, ainda na segunda-feira, para solicitar a suspensão das parcelas dos empréstimos junto à Fundação, bem como a deliberação urgente sobre alternativas para auxiliar funcionários da ativa e aposentados no RS. Reivindicação já atendida pela entidade.
O diretor do Sindicato de Pelotas e região e também representante do RS na CEE Caixa, Lucas Cunha, salientou a necessidade de a Caixa flexibilizar a margem consignável para a concessão do auxílio emergencial por calamidade. “Muitos colegas atingidos nesta tragédia já estão com sua margem tomada e esta medida somente poderá alcançar os colegas se houver a possibilidade de concessão para além da margem, a Caixa não pode ficar insensível neste momento em que mais precisam” destacou.
Leia na íntegra o ofício enviado nesta sexta-feira (10/05) para a direção da Caixa.
Fonte: Fetrafi-RS