Diretor do Sindicato cria abaixo-assinado pedindo redução da jornada para PcDs e pais de PcDs da Caixa

Em um movimento que busca maior inclusão e suporte para Pessoas com Deficiência (PcD) e seus familiares, o diretor do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região, Nathan Irigoyen, criou um abaixo-assinado. O manifesto reivindica, como pontos prioritários, a redução de pelo menos 2 horas diárias na jornada para empregados PcDs e pais, mães e responsáveis de PcDs, com remuneração integral, sem prejuízo de função ou necessidade de compensação e prioridade na concessão de trabalho remoto, exigindo que a instituição bancária apresente propostas que atendam às necessidades desses trabalhadores.

Em 2023, após anos de pressão e ações judiciais coletivas favoráveis aos empregados, a Caixa finalmente iniciou negociações sobre o tema com a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa Econômica Federal (CEE/Caixa). No entanto, as propostas iniciais da empresa foram consideradas insatisfatórias pelos trabalhadores e suas entidades representativas.

O diretor critica a lentidão da Caixa em relação a inclusão e aos direitos e garantias dos trabalhadores. “Atualmente, a Caixa é o único banco público do país que não tem qualquer benefício nesse sentido, todos os demais já incorporaram o direito à redução de jornada nos seus ACTs ou até mesmo em suas normas internas. Portanto, é necessário ressaltar que a Caixa está bastante atrasada em relação aos seus pares públicos”, critica Nathan. De acordo com o bancário, embora essas demandas sejam reivindicadas nas minutas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) desde a negociação coletiva de 2020, a Caixa só iniciou negociações com a CEE em 2023.

“Um dos fatores mais relevantes para a iniciativa da empresa de aceitar essa negociação foi a crescente quantidade de ações judiciais coletivas que vêm reconhecendo esse direito em favor dos empregados”, explica Nathan. “Essa deferência da nossa justiça em relação aos pedidos coletivos de redução de jornada acontece porque realmente se trata de questão extremamente relevante. Estamos falando de dar condições materiais mínimas para que pessoas com deficiência consigam acessar terapias e tratamentos médicos que poderão dar condições de que elas consigam viver de forma mais autônoma e independente, em igualdade de condições com os demais”, complementa.

Apesar da posição desfavorável, em razão das referidas ações judiciais, as propostas da Caixa são vistas como inaceitáveis pelos trabalhadores. “Dessa forma, parece-nos que a real intenção da Caixa é ‘reduzir os danos’ causados pelas ações judiciais, na medida em pretendem conceder a redução de jornada e em contrapartida fragilizar outros direitos de todos os empregados”, finaliza Nathan.

Na última reunião, realizada no dia 19 de junho, a negociação com a Caixa foi encerrada de forma brusca pelo banco, assim que a representação dos trabalhadores questionou sobre “pontos sensíveis da proposta”. O intuito do abaixo-assinado é de pressionar a Caixa a voltar à mesa de negociação com a CEE/Caixa para tratar dessas questões

Leia as reivindicações completas e colabore assinando o abaixo-assinado neste link.

Redação: Vitor Valente / Seebpel

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