Movimento Solidariedade Pelotas promove seminário para debater espaço urbano, habitação e assistência social

Encontro pretende reafirmar compromisso de movimentos sociais, universidades e entidades sindicais para a promoção de políticas públicas que auxiliem na reconstrução do município

Nesta quinta-feira, dia 15 de agosto, o Movimento Solidariedade promove o Seminário do Fórum da Reconstrução Solidária de Pelotas. A atividade ocorre no Mini-auditório 1 do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), Campus Pelotas, às13h30min. Partindo da experiência exitosa de apoio aos atingidos pelas intensas chuvas de maio, no município, as dezenas de entidades que compõem esta iniciativa não se desmobilizaram no período pós-enchente, entrando em uma nova etapa de organização.

Já no início do mês de maio, movimentos sociais e sindicatos da cidade de Pelotas se organizaram, de forma autônoma, para arrecadar roupas, cobertores, alimentos, ração para animais e materiais de higiene, além de construir uma estrutura de Cozinha Solidária, no Sindicato da Alimentação, promovendo a distribuição de mais de 20 mil refeições para os atingidos pelas cheias. A logística incluiu não só o preparo das marmitas, mas, também, o processo de entrega nas localidades mais afetadas, como a Colônia de Pescadores Z3 e o Pontal da Barra.

Estando entre as dezenas de entidades que compõem o Movimento, o Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região (SEEBPel) segue atuando ativamente nesta nova etapa de organização e seus diretores têm reforçado o pedido para que toda a categoria e a comunidade de Pelotas, de modo geral, possa se engajar neste processo. “Este período, pós-enchente, é muito importante, já que o Fórum é um desdobramento de tudo que foi feito no momento de crise. Agora é preciso pensar o planejamento e queremos ajudar a construir as políticas públicas necessárias para que a nossa cidade possa estar melhor preparada para momentos como esse”, explicou o diretor Lucas da Cunha.

Promovido pelo Movimento Solidariedade, em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e o Instituto Federal Sul- Riograndense (IF-Sul), o Fórum é gratuito e aberto à participação da comunidade, já que a ideia é que este espaço possa se constituir em um ambiente de diálogo entre os diferentes coletivos que o compõem, auxiliando o poder público nos desafios que se apresentam a partir das experiências extremas que o país – e o mundo – tem vivenciado do ponto de vista ambiental.

A nova forma de organização do Movimento Solidariedade resulta dos encaminhamentos de ação conjunta da terceira plenária do Movimento, realizada ainda no mês de junho. Além de manter e fortalecer o vínculo com movimentos sociais, sindicatos, ativistas e Organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs), a partir de agora a ideia é coordenar um processo de reconstrução solidária, por meio de uma mobilização permanente, onde se possa debater as causas das catástrofes ambientais e os seus impactos sociais, políticos e econômicos.

Os debates do Fórum devem resultar, ainda, em uma articulação para a Conferência da Cidade, que serve de preparação para a Conferência Nacional de 2025, ano em que deve ocorrer o debate sobre o novo Plano Diretor da cidade de Pelotas.

Redação: Eduardo Menezes

Foto: Divulgação

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