Campanha Nacional: Bancários de Pelotas e Região voltam a paralisar agência do Santander

Diretores do SEEBPel se somam à manifestação nacional durante a última semana da negociação com os bancos

Em mais um dia de protesto referente à Campanha Salarial, os diretores do Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região (SEEBPel) paralisaram as atividades na agência do Santander, que fica localizada na rua Quinze de Novembro, no centro da cidade. A manifestação faz parte de um movimento que tomou conta do país, na manhã desta segunda-feira, dia 26 de agosto, após o banco espanhol ter acionado a polícia, usando de violência contra um protesto pacífico da categoria, na última semana, no Radar Santander, em São Paulo.

Mobilizados desde as primeiras horas da manhã, os diretores do Sindicato utilizaram de uma caixa de som para chamar a atenção de populares sobre as reivindicações da categoria, viabilizando, gratuitamente, a distribuição de pipoca, em frente à agência. A iniciativa ajudou na aproximação com os clientes do Banco e com a população, em geral, abrindo um espaço de diálogo para tratar dos impactos da política de terceirizações promovida pelo Santander no atendimento ao público.

Ao falar das ações promovidas pelo Sindicato, em virtude da falta de propostas dos bancos nas mesas de negociação, o diretor Sérgio Seus explicou o porquê dos bancários paralisarem, novamente, as atividades no Santander, já que, no dia 15 de agosto, o banco espanhol também havia sido o alvo dos protestos da Campanha Nacional.

“Esse Banco vem terceirizando o serviço bancário e precarizando o nosso trabalho. Este é um dos pontos centrais que estamos discutindo, nas mesas de negociação. Aqui em Pelotas nós já estamos sentindo os reflexos do rebaixamento do trabalho bancário, com agências sendo fechadas, o que ocasiona a piora do atendimento ao público e sobrecarrega os funcionários. E isso tudo tem sido promovido a partir de uma prática de contratação fraudulenta, já que muitos empregados são demitidos e recontratados pelas terceirizadas sem nenhum direito garantido e com salários menores”, explica o dirigente sindical.

Sérgio também condenou a violência praticada em São Paulo, na última semana, exigindo respeito à categoria e ao direito legítimo – e constitucional – à livre manifestação dos trabalhadores. “A gente espera ser respeitado no nosso movimento. É inadmissível que trabalhadores sejam tratados de forma tão violenta pela polícia, inclusive com agressões a mulheres que lá estavam se manifestando. Os bancos precisam negociar com a categoria, de forma a apresentar uma proposta digna e não um reajuste abaixo da inflação, de 85% do INPC, como estão propondo”, ressaltou.

Saiba quais são as reivindicações da categoria:

– Reajuste salarial que corresponda à reposição pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%;
– Melhoria nos percentuais da Participação nos Lucros e Resultados (PLR);
– E melhorias nas demais verbas, incluindo tickets alimentação e refeição, auxílio creche e auxílio babá.
– Fim da gestão por metas abusivas, que tem gerado adoecimento na categoria;
– Reforço aos mecanismos de combate ao assédio moral e sexual;
– Direito à desconexão fora do horário de trabalho;
– Direitos para pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;
– Suporte aos pais e mães de filhos com deficiência;
– Mais mulheres na TI;
– Combate à terceirização e garantia de empregos;
– Jornada de trabalho de quatro dias;
– Ampliação do teletrabalho.

Redação e foto: Eduardo Menezes / SEEBPel

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