Regional Sul promove Caminhada no Cassino para bancários de Pelotas, Rio Grande e Camaquã
Movimentos Sociais realizam ato, em Pelotas, pelo fim da escala 6×1
Por todo o país, movimentos se organizam para ir às ruas no próxima sexta-feira (15), feriado de Proclamação da República, em atos de defesa da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da jornada 6×1 com a diminuição da jornada de trabalho e sem redução salarial. Em Pelotas, o ato está previsto para ocorrer a partir das 14h, com concentração no Chafariz do Calçadão.
A organização do movimento, em Pelotas, se deu em razão da avaliação da força dos atos confirmados por todo o país, afirma Danielle Lopa, integrante do Partido Comunista Brasileiro de Pelotas e do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, que participa da organização do evento. “A gente entendeu que seria de suma importância termos este ato, aqui, também”.
Segundo Danielle, outro fator que levou a convocação do ato é que, a partir do próximo ano, a cidade terá um governo de esquerda, liderado por Fernando Marroni (PT) e Daniela Brizolara (PSol), mesma sigla da deputada federal Érika Hilton, proponente da PEC. A mudança de lado político coloca em cheque a necessidade do Partido dos Trabalhadores aderir à proposta e se juntar àqueles que historicamente se colocam como defensores das pautas trabalhistas.
A pauta defendida pelo ato pede o fim da escala 6×1 – a qual trabalhadores são submetidos a uma rotina desgastante – além da redução da jornada para 30 horas semanais, para permitir mais qualidade de vida e dignidade para os trabalhadores.
A PEC
A PEC que pede o fim da escala 6×1 é de autoria da deputada Erika Hilton, do PSol/SP, em conjunto com o vereador eleito do Rio de Janeiro Rick Azevedo, criador do movimento Vida Além do Trabalho (VAT). O texto da PEC propõe o fim da escala em que o trabalhador trabalha seis dias da semana e folga apenas um. O novo modelo sugere um formato mais digno, de 4×3 (quatro dias de trabalho e três dias de folga), ocasionando na redução da jornada de trabalho, que passaria a ser de 36 horas semanais, sem alteração salarial.
Uma das justificativas do texto é que o formato atual tem gerado sérios danos à saúde tanto física quando mental, problema já revelado em diversas pesquisas. Segundo Rick, o novo formato, além de melhorar a qualidade de vida do empregado, ainda deve estimular um aumento do consumo, uma vez que o mercado de trabalho do país terá um aumento no número de pessoas e, consequentemente, do consumo.
Redação: Ridley Madrid / RádioCom
Imagem: Davi Pinheiro/Divulgação