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Coletivo de Saúde da Fetrafi-RS avalia 2024 e planeja 2025
Casos de adoecimento mental, devido à pressão no trabalho, se tornam cada vez mais frequentes, apesar do trabalho intensivo dos sindicatos no combate às metas abusivas
Na manhã desta quarta-feira (4/12), o Coletivo de Saúde da Fetrafi-RS esteve reunido para avaliar o ano de 2024 e planejar ações para 2025. Representando o Sindicato dos Bancários de Pelotas e Região (SEEBPel), além da diretora Raquel Gil de Oliveira, que é também diretora de Saúde da Federação, estiveram presentes os diretores: Fábio da Silveira, Rafael da Silva, Emerson Botelho, Francine Fagundes e Lucas da Cunha.
Nas falas dos presentes foram relatados vários casos de bancários que estão adoecidos, tomando medicação controlada, mas se recusam a pedir afastamento por medo de perder o emprego ou o cargo dentro do banco; bancárias que foram demitidas 60 dias após retornarem da licença-maternidade; trabalhadores apavorados com a possibilidade de ficarem desempregados, devido ao enxugamento que vem sendo feito no setor; e até caso de suicídio.
O grupo também avaliou o Canal de Denúncias da Fetrafi-RS, ferramenta criada para centralizar as denúncias e auxiliar no mapeamento dos problemas, e propôs alguns ajustes, que deverão ser feitos no próximo ano. “Em oito meses de funcionamento, o Canal registrou cerca de 200 denúncias, fora as que são feitas diretamente aos dirigentes sindicais por email ou WhatsApp. Isso mostra como os colegas trabalham sob pressão, sofrem com assédio e buscam no movimento sindical um apoio e uma mão que barre essa violação das leis que protegem os trabalhadores”, avalia Raquel Gil de Oliveira.
Ela lembrou que, em um passado recente, a preocupação maior era sobre os casos de Lesão por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (Dort). “Agora, o movimento sindical bancário luta para combater o adoecimento psíquico. É preciso criar leis que venham, de fato, acabar com as relações de trabalho abusivas. Não podemos mais admitir a prática do assédio moral/sexual no ambiente de trabalho, que estão destruindo as famílias, as amizades e as pessoas”, ressaltou.
Fonte: Fetrafi-RS, com edição SEEBPel