Sindicato participa de ato de repúdio ao Santander no Rio Grande

O Sindicato dos Bancários do Pelotas e Região participou de ato em frente à agência do Santander localizada no centro do Rio Grande ao longo de toda a manhã da última quinta-feira (20). A manifestação convocada pelo Sindicato dos Bancários do Rio Grande e Região denunciou práticas antissindicais, incluindo perseguição a dirigentes sindicais, a burocratização dos atendimentos aos clientes e o assédio moral aos trabalhadores e trabalhadoras. Diretores da Fetrafi-RS (Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras) e do SindBancários de Porto Alegre também estiveram presentes em apoio.

A ação de repúdio ocorreu sem o fechamento da agência, garantindo que os funcionários e os clientes tivessem acesso ao prédio. De acordo com o Sindicato do Rio Grande, a instituição bancária, por meio da gerência, vem promovendo uma série de ações que retaliam o movimento sindical. Em uma sociedade democrática, a atuação dos Sindicatos é essencial para a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores.

Segundo a entidade Rio-grandina, dentre as atitudes antissindicais, está a perseguição aos sindicalistas, tanto aos que seguem trabalhando na base quanto aos licenciados. Segundo os relatos dos colegas, a cobrança e as penalidades são mais severas para os dirigentes sindicais. O desrespeito estende-se, ainda, à dificultação do diálogo dos trabalhadores com as lideranças da entidade que representa a categoria.

A diretora de saúde da Fetrafi-RS (Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras), Raquel Gil de Oliveira, alerta que as consequências das ações do banco vão além do ambiente de trabalho. “O assédio sofrido pelos bancários acaba afetando toda a sociedade. Porque esse assédio força os funcionários a venderem produtos que muitas vezes nem são satisfatórios aos seus clientes”, alerta Raquel. “É importante que os bancos reconheçam que essa questão existe e parem, porque toda sociedade está sofrendo psicologicamente com o assédio dos banqueiros”, complementa.

Além disso, o banco vem, gradativamente, concentrando as carteiras de clientes em polos, obrigando os funcionários a não atenderem nas agências, o que prejudica e gera descontentamento a clientes que precisam de atendimento presencial. Com isso, para ter direito a um atendimento presencial, o usuário precisa agendar horário, um retrocesso que burocratiza cada vez mais a relação entre a instituição e o consumidor. 

Redação e fotos: Vitor Valente/Seebpel

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