COE Banrisul cobra informações e sugere critérios para revisão de proposta de reestruturação
Representantes dos empregados enviaram dois documentos ao banco: um com questionamentos dos colegas e outro com premissas essenciais para avanço da negociação
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Banrisul se reuniu esta semana e sistematizou dois documentos sobre a negociação envolvendo a reestruturação e a redução de jornada. Os ofícios foram enviados ao Banco e levam em conta os questionamentos feitos pelos colegas aos sindicatos em plenárias, reuniões e redes sociais, além de apresentar critérios essenciais para o avanço da discussão, sem perdas.
Do ponto de vista da COE, é preciso revisar os valores das novas gratificações, discutir sua lógica e determinar critérios claros para acesso, ascensão e descenso das gratificações. Os representantes dos trabalhadores defendem alguns elementos e premissas que devem ser levados em conta na reestruturação:
- Critérios objetivos para o acesso, ascensão e descenso da função;
- descrever as atribuições de cada uma das atividades a serem desenvolvidas pelos empregados nas respectivas funções a que estiverem vinculados;
estabelecer uma tabela única de progressão para todas as funções gratificadas; - revisar valores da tabela de gratificação de função para a Rede de Agências e Direção Geral, especialmente considerando a progressão funcional como um atrativo de fidelização do empregado;
- definir critérios justos de enquadramento dos empregados que já estão no exercício das funções equivalentes;
- garantir que o critério de progressão permita aos empregados que já estão no exercício das funções a continuidade de uma progressão de carreira;
- garantir que não existam mais empregados realizando as atividades laborais pertinentes a uma função especializada sem ser devidamente remunerado por ela;
- ter como premissa que nenhuma alteração pode acarretar redução de remuneração dos empregados;
- ter como premissa que toda a alteração deve ter a adesão individual do empregado;
- ter como premissa que as decisões judiciais proferidas devem ser obedecidas não cabendo a um acordo coletivo flexibilizá-las, em nome da segurança jurídica
No entendimento da COE, o tema é complexo e não vai ser resolvido rapidamente sem compromissos sérios do Banco com seus funcionários no sentido de evitar prejuízos, como a redução de salário por conta da redução de jornada, o que já foi proposto e recusado pela Comissão.
Cabe destacar, como lembrado em um dos documentos encaminhados ao Banco, que a mobilização dos empregados do Banrisul tem reforçado o clamor por um diálogo mais profundo quanto ao processo de reestruturação, com vistas a preservar tanto os direitos dos trabalhadores quanto o papel estratégico da Instituição na sociedade gaúcha.
Nesse sentido, foi levantado um conjunto de questionamentos provenientes dos trabalhadores que atuam tanto nas agências bancárias quanto na Direção Geral, evidenciando a insuficiência de informações disponibilizadas até o momento, frente à delicadeza e complexidade do tema. A COE aguarda, agora, os retornos do Banco para dar continuidade à mesa de negociação.
Veja aqui o pedido de detalhamento da proposta
Veja aqui as ponderações sobre critérios e valores das novas gratificações
Fonte: Aline Adolphs/ SindBancários