Leilão da Lotex fracassa e não recebe nenhuma proposta

O leilão da Lotex não teve interessados, segundo confirmou a Secretaria de Acompanhamento Fiscal, Energia e Loterias (Sefel) do ministério da Fazenda, responsável por organizar o certame.

O prazo para entrega dos envelopes se encerrou ontem, dia 26, às 13h. Os próximos passos ainda não estão definidos pelo governo, que precisa decidir se vai marcar nova data para o leilão e remodelar as condições ou se vai desistir da proposta atual.
O leilão da chamada “raspadinha” sofreu vários adiamentos, mudanças nos valores de outorga (que e nas regras, em geral com o objetivo de atrair um grande operador estrangeiro para atuar no Brasil e concorrer no segmento de loterias com a Caixa Econômica Federal, que foi obrigada a ficar de fora do leilão.

Segundo fontes governamentais, a falta de interessados no leilão ocorreu por conta de preocupações dos estrangeiros com riscos gerados pela MP 841 que unificou a legislação de loterias e que em sua tramitação contém algumas emendas direcionadas para a questão da Lotex. Nos bastidores da equipe econômica, esse risco vinha sendo minimizado, pela leitura de que as emendas não prosperariam, mas prevaleceu a cautela das empresas.

Ao definir a modelagem do leilão, a Fazenda apostava que, deixando a Caixa de fora do certame, iria aumentar a concorrência. A estratégia, contudo, deixou a Caixa insatisfeita. O banco pretendia se associar a um dos grandes operadores estrangeiros que demonstravam no Brasil. Alguns deles preferiam a parceria com a Caixa. Nos bastidores do banco já começa a voltar a esperança de o governo rever as regras e permitir que a Caixa possa participar de um consórcio para operar a Lotex.

Fonte: Valor Econômico/Fabio Graner

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