Violência organizacional no Itaú afeta bancários
Em diversas áreas, muitos empregados com deficiência foram demitidos, e o banco não recontratou para a mesma função trabalhadores com deficiência, como exige a lei. Com o fim do Ministério do Trabalho, a fiscalização foi afrouxada e parece que o banco está se aproveitando dessa falta de controle. Nas áreas de tecnologia, o banco efetuou a contratação massiva de prestadores de serviço como pessoas jurídicas, que na sua grande maioria não possuem as mesmas conquistas da categoria bancária.
Dados obtidos no INSS revelam que de 2009 a 2017 a quantidade de trabalhadores de bancos afastados por transtornos mentais cresceu 61,5% e o total de afastados aumentou 30%. Os trabalhadores que adoecem e se afastam do trabalho têm de cumprir jornada reduzida. Muitos deles estão enfrentando problemas, principalmente com os seus gestores, que muitas vezes acabam por deixa-los sem função e ignorados. Além disso, e resultado do governo Bolsonaro, muitos trabalhadores aposentados ou com auxílio acidentário estão perdendo o benefício do INSS.
Com o processo de diminuição do quadro de funcionários por meio da automação, terceirização e pejotização de áreas inteiras, os bancários têm de se virar para procurar vaga em outro setor, nos processos seletivos internos, em um prazo máximo de 45 dias. Do contrário, serão demitidos.
Os bancários se transformam em verdadeiros andarilhos implorando aos gestores para que concedam uma vaga. E se não conseguirem, é demissão. Se o banco tem um RH com a função de controlar as vagas, como o banco joga para o trabalhador a responsabilidade de procurar uma função? Isso está resultando no adoecimento massivo dos trabalhadores. Como maior banco privado do país, o Itaú acaba dando o tom para os outros bancos, o que gera ainda mais preocupação.
Com informações da Redação Spbancarios
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