Fenae repudia retomada da narrativa para fatiar ou privatizar a Caixa
Isso porque o presidente desse banco estatal, Pedro Guimarães, conforme noticiado pelo blog do jornalista Lauro Jardim, veiculado no site do jornal O Globo em 26 de janeiro, anunciou o propósito de vender 20% da carteira de crédito imobiliário de R$ 440 bilhões para instituições financeiras nacionais e estrangeiras, ficando a participação de investidores internacionais nesse processo dependente de autorização do Banco Central.
A medida mira no processo de destruição gradual do caráter 100% público da Caixa Econômica Federal, ao mesmo tempo que ataca os direitos dos empregados. De um modo geral e até 2016, a Caixa tinha sua concessão de crédito distribuída com certo equilíbrio entre os diversos e abrangentes setores da sociedade. Agora a tendência é de inversão desse quadro, com o banco diminuindo o saldo de operações na área imobiliária para a população de baixa renda, direcionando o que sobrar para fomentar o lucro dos bancos privados.
É provável que a estratégia a ser adotada passe pela desqualificação de parte das operações desenvolvidas pelo único banco 100% público da América Latina, o que, na prática, significará promover a privatização de áreas e setores com vistas a reduzir a dimensão ou o tamanho da Caixa no âmbito do setor financeiro nacional, abrindo ainda mais espaço para a acumulação do capital privado.
Com informações da Redação Spbancarios
Foto: Fenae