Banco do futuro chega burlando regulamentação e direitos
Banco digital é composto por diversos eixos tecnológicos que vem sendo implementados. O mais visível é a digitalização do atendimento, por meio de transações no celular. Em 2016, mais da metade delas (57%) já eram feitas por meios digitais, sendo 34% por aparelhos celulares.
O economista do Dieese Gustavo Cavarzan, um dos autores do estudo A Inovação Tecnológica Recente no Setor Financeiro e os Impactos nos Trabalhadores destaca que as principais transformações tecnológicas nos bancos brasileiros.
“Você tem novos modelos de bancos em plataforma, que é a uberização do setor financeiro. O Uber é uma empresa de transporte, mas ela não tem nenhum taxi. A Gente tem bancos que não têm nenhuma agência física. Tem fintechs que são empresas de tecnologia que prestam serviços financeiros. Isso levanta uma série de questões como as regulatórias. Elas não são reguladas pelo banco central nem CVM, mas fazer serviços que deveriam ser reguladas”.
Cavarzan ressalta ainda que essas novas tecnologias muitas vezes driblam as regulamentações e os novos modelos de agências digitais conseguem burlar o que está previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos Bancários, como por exemplo o ranqueamento individual de metas. De olho nessa transformação e nos impactos para o bancário do presente, o Sindicato tem acompanhado em tempo real todas essas mudanças, nos locais de trabalho, nas mesas de negociação com bancos e por meio de pesquisas acadêmicas.
Fonte: Seeb-SP