Com pautas difusas e autoritárias, atos pró-Bolsonaro são menores que o prometido

Com pautas difusas e tons de autoritarismo, manifestantes pró-Bolsonaro (PSL) se reuniram em cerca de 130 cidades do país no último domingo (26) para demonstrar apoio ao presidente da República. Embora a convocatória nas redes sociais falasse em “parar o Brasil” com atos “do Oiapoque ao Chuí”, os números foram inferiores à greve nacional do último dia 15 em defesa da educação pública, que mobilizou 152 municípios.

Entre as demandas apresentadas na rua, estão a aprovação da reforma da Previdência e do pacote “anticrime” do ministro Sergio Moro. As palavras de ordem mais agressivas eram direcionadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao chamado “Centrão”, ala que reúne partidos de centro-direita no Congresso Nacional.

Ao todo, houve manifestações em 22 estados e no Distrito Federal (DF) – os protestos contra os cortes na educação, no dia 15, ocuparam as ruas de todos os 26 estados brasileiros e mobilizaram mais de um milhão de pessoas.

Segundo os manifestantes, o governo não sofre de inaptidão e ineficiência. Para eles, Bolsonaro não consegue reverter a crise econômica e institucional porque não há harmonia entre os poderes, que impossibilitam a efetivação dos planos do presidente e sua equipe ministerial. Aos gritos de “mito”, os apoiadores do presidente criticaram o vice, Hamilton Mourão, e enalteceram Olavo de Carvalho, considerado o “guru do bolsonarismo”.

Os atos aconteceram em algumas das maiores cidades do país desde as 10 horas da manhã. Em Brasília (DF), se reuniram 10 mil manifestantes, segundo a Polícia Militar (PM). Em Belém (PA), foram três mil. Em Belo Horizonte (MG) e no Rio de Janeiro (RJ), não foi divulgada uma estimativa oficial de público.

Em São Paulo (SP), Recife (PE), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR), os atos começaram à tarde, a partir das 14 horas. A Avenida Paulista, na cidade mais populosa do Brasil, recebeu o maior protesto do dia.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Com informações Sul21

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