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Justiça determina que Bradesco reintegre bancária em Porto Velho
Contratada em julho de 1998 pelo HSBC (adquirido pelo Bradesco em 2016), a bancária passou quase 19 anos de sua vida em dedicação ao mesmo trabalho. Em meados de 2012 começou a sentir dores nos membros superiores, estado que se agravou com o passar do tempo e, em 2014, foi encaminhada ao Médico do Trabalho.
Mesmo tendo levado o caso a conhecimento da direção do banco – inclusive nos exames periódicos – nenhuma ação foi tomada pelo então HSBC (hoje Bradesco) para minimizar o sofrimento da bancária.
Para piorar o banco ainda a demite sem justa causa em junho deste ano, mesmo sabendo que a trabalhadora era portadora de doença gerada exatamente pelo exaustivo trabalho que dedicava diariamente, ano após anos, à instituição financeira.
“No caso da reclamante, ainda que não se esteja discutindo estritamente o instituto da estabilidade, a tutela jurisdicional se dá ainda com mais razão, eis que o nexo de causalidade entre a doença e o labor se encontra configurado há vários anos, havendo documentos nos autos explicitando a probabilidade do direito alegado, qual seja, que se encontrava incapacitada no momento da dispensa. Somando-se a isso o risco presumido da demora na situação em que se encontra a reclamante, entendo configurados os requisitos do art. 300 do CPC, motivo pelo qual determino sua reintegração aos quadros do reclamado, com a mesma remuneração e benefícios a que fazia jus no momento em que fora demitida, devendo a reintegração ser feita em função compatível com as limitações atuais da reclamante”, determinou a magistrada em sua decisão.
Apesar de ser um dos bancos mais ricos do país, o Bradesco continua promovendo o fechamento de agências e demissões injustificadas de trabalhadores, principalmente depois que comprou o HSBC no país. E mesmo em um cenário de profunda crise econômica, continua contribuindo com o alto índice de desemprego, demitindo pessoas que dedicaram décadas de suas vidas para que o banco fosse a instituição lucrativa que é hoje. E quando não demite cria um programa de demissão voluntária que tenta seduzir os trabalhadores a optarem por um futuro de incerteza e insegurança profissional.