Diretores do Sindicato participam de ato do MTD em Pelotas

Nesta terça-feira, dia 10 , os diretores do Sindicato estiveram participando de ato promovido pelo Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD), que ocorre em frente à Prefeitura Municipal de Pelotas. O Movimento realiza uma vigília, desde as primeiras horas da manhã, para cobrar uma audiência com a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB).

No dia 20 de novembro, lideranças do movimento estiveram reunidas com a prefeita Paula, protocolando uma pauta de reivindicações que diz respeito às demandas da população que vive nas periferias da cidade, em busca de emprego e condições dignas para sobreviver e sustentar suas famílias. Entre as bandeiras de luta do MTD estão o direito à moradia, à saúde, à educação, ao transporte e à alimentação. Além disso, reivindicam a paz para o povo das periferias, constantemente estigmatizado pelas forças policiais, ressaltando a necessidade da Prefeitura investir na urbanização e saneamento dos bairros, voltando seu olhar para a reestruturação dos espaços públicos, nos bairros, promovendo o lazer e a cultura também para as comunidades periféricas e não apenas para os moradores das regiões centrais.

Conforme relata Maria Odete Falcão, da direção estadual do MTD, durante a conversa com a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB), as lideranças do movimento reivindicaram políticas de geração de emprego e renda, como a criação de pontos populares de trabalho. Na primeira conversa, ao receber as reivindicações do MTD, a Prefeita seguiu a mesma linha adotada pelo governo Bolsonaro, ao condicionar qualquer investimento público, por parte do governo federal, à aprovação da Reforma da Previdência. No caso de Paula, a justificativa para o não atendimento às demandas da comunidade se deve, segundo ela, à necessidade de aprovação da taxa de iluminação pública, procurando eximir o poder público da sua responsabilidade de administrar os recursos do município sem a necessidade de sobretaxar a população pelotense.

Durante a primeira reunião com a Prefeita foram pautadas, também, as frentes emergenciais de trabalho, que servem para o socorro imediato dos trabalhadores que encontram-se há muito tempo fora do mercado de trabalho. “Com um longo período desempregado, o ser humano perde o seu valor, o sentimento de poder se sustentar com o seu trabalho, e isso desencadeia um processo muito degradante para a pessoa”, explica Maria Odete.

Segundo os últimos dados do IBGE, referente ao ano de 2017, Pelotas apresenta apenas 24,6% da população ocupada. “Isso demonstra a incapacidade do poder público atrair investimentos para a região, sendo possível observar, diariamente, o aumento dos empregos informais, sobretudo em se tratando dos sub-empregos”, ressalta o diretor Rafael
Silva, que é, também, funcionário do Banrisul.

Basta dar uma volta pelo centro da cidade para confirmar a realidade que o diretor do Sindicato denuncia. É visível o aumento do número de trabalhadores ambulantes e “uberizados”, que se lançam nessa jornada desgastante, sem nenhum direito assegurado e largados à própria sorte.

Imprensa Seeb Pelotas

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