Caixa estuda abertura de PDV e deve fechar agências em todo país

A Caixa Econômica Federal estuda fazer uma ampla reformulação administrativa. No pacote de mudanças, está previsto um novo Programa de Demissão Voluntária (PDV), o fechamento de agências e ao mesmo tempo a criação de centenas de superintendências menores pelo país.

De acordo com um documento interno da Caixa, ao qual a Reuters teve acesso com exclusividade, o número de superintendências de rede e varejo do banco deve subir de 92 para 412. Além disso, a instituição criará 57 superintendências de governo e 54 superintendências de habitação, cargos hoje inexistentes na estrutura da instituição.

A proposta preliminar, que deve ainda ser submetida ao conselho de administração da estatal, prevê ainda 3,6 mil novas vagas de gerentes, e 2,6 mil novos assistentes. As funções devem ser preenchidas com atuais funcionários.

Paralelamente, a direção da Caixa vai propor a redução de 30 das atuais 84 superintendências regionais. Também deve ser diminuído o número de cargos de gerente sênior.

A intenção é que cada novo superintendente fique responsável por um grupo de no máximo 15 agências, ao contrário das centenas de agências como acontece atualmente. Os novos superintendentes e gerentes terão, entre as responsabilidades, ampliar a capacidade de vendas de produtos financeiros da Caixa entre os cerca de 8,7 mil correspondentes bancários e 13,7 mil lotéricos credenciados pelo banco, e terão parte da remuneração variável vinculada aos resultados das vendas.

PDV
A reestruturação proposta deve vir acompanhada de um novo programa de demissão voluntária (PDV), que deve ter como público-alvo o meio da pirâmide administrativa da Caixa.

Ademais, o banco planeja fechar um número ainda indefinido de agências, principalmente em regiões de grandes cidades do país onde percebeu excesso de pontos físicos dentro da atual realidade do mercado, com rivais privados reduzindo sua estrutura para se concentrarem cada vez mais no atendimento digital.

Segundo a fonte, que pediu anonimato porque o projeto sob sigilo ainda pode sofrer ajustes, as mudanças são parte da estratégia para pulverizar a estrutura administrativa e orientá-la para um foco maior na venda de produtos.

As discussões sobre o impacto financeiro na folha salarial com as mudanças propostas ainda estão em andamento. Mais do que o custo operacional, o foco da proposta é reorientar a cultura do banco para uma visão de maiores resultados comerciais.

Consultada pela REUTERS, a Caixa afirmou que não iria comentar o assunto.

Fonte: FEEB Paraná

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