ONU alerta para crise global de saúde mental em meio à pandemia de coronavírus

Diretora do departamento de saúde mental da OMS alerta para os riscos da situação mundial para a saúde psicológica da população

Nesta quinta-feira, 14, especialistas em saúde das Nações Unidas alertaram que o aumento da pobreza e a ansiedade, provocadas pela pandemia do novo coronavírus, representa um sério risco para a saúde mental. Segundo a ONU, um aumento de doenças mentais está sendo observado durante as medidas de isolamento adotadas ao redor do mundo.

Ao apresentar um relatório da ONU e orientações políticas sobre COVID-19 e saúde mental, Devora Kestel, diretora do departamento de saúde mental da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse que é provável um aumento no número e na gravidade de doenças mentais, e os governos devem se antecipar aos problemas.

“A saúde mental e o bem-estar de sociedades inteiras foram severamente afetados por essa crise e são uma prioridade a ser abordada com urgência”, afirmou ela aos jornalistas em um briefing.

O relatório destacou várias regiões e setores das sociedades como vulneráveis ​​ao sofrimento mental, incluindo crianças e jovens, isolados de amigos e da escola, e profissionais de saúde, que estão vendo milhares de pacientes infectados morrerem por conta do coronavírus.

Milhões de pessoas estão enfrentando turbulência econômica, tendo perdido ou correndo o risco de perder sua renda e meios de subsistência, acrescentou. Além disso, desinformação frequente e profunda incerteza sobre quanto tempo durará a pandemia estão fazendo as pessoas sentirem-se ansiosas e sem esperança em relação ao futuro.

O relatório apresentou, também, propostas de ação para os formuladores de políticas buscarem “reduzir o imenso sofrimento entre centenas de milhões de pessoas e mitigar os custos sociais e econômicos de longo prazo para a sociedade”.

Isso inclui a reparação da falta de investimento histórica em serviços psicológicos e o fornecimento de “saúde mental de emergência”, por meio de terapias remotas, como tele-aconselhamento para profissionais de saúde e o trabalho proativo com pessoas que já apresentam quadros de depressão e ansiedade ou possuem alto risco de sofrerem violência doméstica e empobrecimento agudo.

Com informações Brasil 247

Foto: Sasha Freemind/Unsplash

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